Secretária Indígena de Damares sai em defesa de Bolsonaro em audiência pública na Bolívia
Sandra Terena disse que o governo Bolsonaro será o melhor da história para os povos tradicionais. Ongs que criticam o governo receberam mais de R$ 10 milhões em recursos públicos nos últimos anos e estão com problemas na prestação de contas
A Secretária Nacional de Políticas Públicas de Igualdade Racial Sandra Terena saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro em audiência pública da 171ª sessão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em Sucre na Bolívia nesta quarta-feira (13).”Faremos o melhor governo da história para os povos e comunidades tradicionais. O nosso presidente Jair Bolsonaro nos deu infraestrutura para realizar este trabalho. Este é um governo de inclusão. É a primeira vez na história do Brasil que uma mulher indígena ocupa uma secretaria nacional”, disse em seu discurso para aos comissários do evento em resposta a denúncias realizadas pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) contra o presidente.
Em documento enviado à Comissão, a APIB disse que a confirmação do mandato de Jair Bolsonaro seria um marco de intimidação e ameaças contra os povos indígenas. O advogado da organização disse na audiência pública que o governo tem que se dirigir as organizações que representam os povos indígenas. Um levantamento realizado pela reportagem revela que nos últimos dez anos as organizações ligadas a APIB como Arpinsul, ArpinSudoeste receberam mais de R$ 10 milhões. Destes, cerca de R$ 2 milhões para construção de pontos de cultura nas áreas indígenas que jamais saíram do papel. Algumas dessas organizações tiveram suas contas reprovadas pelo TCE.
Procurada pela reportagem, Sandra Terena disse que este governo vai dialogar com as organizações com respeito, mas que também pretende chegar nas bases, promovendo políticas públicas diretamente nas aldeias
Sem Burocracia
O Secretário Nacional da Comunicação Global, Sérgio Queiroz, também presente na audiência afirmou que este governo será de ampla participação popular e destacou os diversos conselhos que serão ouvidos pelo governo. Ele destacou ainda que a desburocratização é uma das metas desta gestão, dessa forma, fazendo com que as políticas públicas cheguem com mais eficiência e agilidade nas comunidades.
Estrutura
“O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, conduzido por Damares Alves, uma mulher apaixonada pelos povos indígenas colocou à disposição toda sua estrutura com oito secretarias nacionais para executar políticas transversais com a Funai. Além disso, a transversalidade também será realizada com outros ministérios, sobretudo com o da Educação e o da Saúde, este com uma secretaria específica para o atendimento da saúde indígena e quilombola, tão necessária para o nosso povo”. Ao comentar sobre os rumos do governo, enfatizou que “nosso presidente Jair Bolsonaro tem nos dado todo o apoio para levar infraestrutura para as nossas aldeias e garantir os direitos constitucionais do nosso povo”, disse Sandra Terena.
O presidente sessão que tratou a situação dos direitos humanos das comunidades quilombolas, Luiz Ernesto Vargas Silva, finalizou a audiência pública celebrando uma reunião entre as lideranças quilombolas e o governo brasileira através da Seppir, convite realizado pela secretária publicamente para os representantes dos povos quilombolas presentes da reunião.