O Beijo do Diabo V – O Juízo Final
No chão frio do leprosário, Antônio Gebran Sobrinho, proprietário da Folha do Litoral acabara com o sonho do visionário fundador do jornal em Paranaguá, Joel Moreira Bonzatto, homem de bom coração, mas firme em seus propósitos. Gebran decretou o juízo final ao tentar destruir a memória do saudoso Bonzatto, que ajudava as pessoas de forma discreta, seguindo o princípio de que o que a mão direita fizer de bem a esquerda não precisa saber. De Pedro Juan Caballero, cidade onde vive a maior parte da família do jornalista Oswaldo Eustáquio, que assina esta coluna, os paraguaios anciãos contaram da amizade com Bonzatto e das tardes agradáveis regadas a terere, chimarrão gelado no Consulado. Para amigos de Curitiba, Gebran minimizou a importância do fundador do jornal e de forma cínica contou detalhes como arrancou o jornal da família. “Sou eu que mando e acabou”, disse Gebran se apropriando de um prestígio já não o acompanha. Porém ele não contou que o fez de forma póstuma e covarde.
Da cela fria do Leprosário caiçara, Gebran vive os dias de juízo final e tenta a última cartada. Depois que foi expurgado da Coalizão, de ter dado prejuízo a nove empresas portuárias que vão ter que pagar pelos direitos autorais de imagens publicadas no jornal, Gebran tenta se apoderar da ACIAP em mais um golpe de traição ao amigo Eloir Martins, empresário sério da cidade, dono da Paranaguá Ambiental. O fim está cada dia mais próximo. Emissários do governador, que cumpriu extensa agenda em Paranaguá na semana passada, avisaram Gebran para não aparecer nas agendas de Ratinho Júnior.