CCJ Cidadã inaugura audiências para ouvir a população
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) realizou, nesta quinta-feira (12), a edição inaugural da CCJ Cidadã. A Audiência Pública atraiu lideranças comunitárias e moradores da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), nesta que a primeira de várias ações programadas para percorrer algumas cidades do Paraná.
O objetivo da medida idealizada pelo presidente da CCJ, deputado Delegado Francischini, é explicar o funcionamento da Comissão, que é a porta de entrada de todos os projetos de lei da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). E, também, conhecer a realidade de comunidades e ouvir as necessidades locais.
“É uma reaproximação com o eleitor que nos levou à Assembleia. Um encontro como esse mostra o verdadeiro espelho da região. Trazendo as necessidades dos cidadãos. Viemos para ouvir e assim poder fazer mais e melhor para a população”, explicou Francischini para cerca de 150 pessoas. “A proposta foi aprovada pelos demais deputados e chancelada pelo presidente da Alep, Ademar Traiano, que é um incentivador”, acrescentou.
O evento inicial foi realizado na Associação de Moradores do Conjunto Diadema II. E a Cidade Industrial escolhida por ser o maior bairro de Curitiba em extensão e população (cerca de 186 mil), que corresponde a mais moradores do que cidades como Guarapuava, Paranaguá e as vizinhas Araucária e Pinhais.
“É muito importante porque muitas vezes não temos um acesso às autoridades e políticos para mostrar o que realmente precisamos. Temos questões importantes para debater. Principalmente na área de segurança. Essa oportunidade é muito boa para o nosso bairro”, disse Fabíola Mara Gonçalves, integrante da Associação de Moradores do Conjunto Diadema.
A segurança foi tema recorrente da audiência no bairro mais violento de Curitiba. Em 2018 foram 293 homicídios na capital e 56 ocorrências na CIC, enquanto 68 assassinatos foram registrados em 2017. Os moradores explanaram sobre a necessidade de mais policiamento, especialmente para o comércio.
A criação de programas sociais para acolher as crianças do bairro, pavimentação e trincheiras foram outras demandas levantadas pelos participantes.
As reivindicações serão analisadas na Alep e encaminhadas aos órgãos responsáveis. As que forem de competência do Legislativo podem prosperar em forma de projetos de lei.
Participaram ainda representantes de deputados, o presidente da Femoclan, Nelson Pereira, a presidente do Provopar, Carlise Kwiatkowski, a presidente do Conselho Fiscal da Provopar e assessora da Presidência da Celepar, Flavia Francischini, e lideranças locais.
Sequência – Além de outros bairros de Curitiba, a CCJ Cidadã deve chegar ainda este ano a outras cidades como Londrina Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu e Cianorte. “Fizemos um projeto piloto e agora vamos continuar para ouvir a realidade de outras localidades”, reforçou Francischini.
“Vamos continuar guardiã da Constituição, que é a CCJ. Muitos aprenderam o nome CCJ nos últimos meses, muito em virtude do trabalho do Felipe Francischini, como presidente da CCJ em Brasília, na tramitação da reforma da Previdência. Muitos que procuram o parlamento querem entender como funciona”, explicou Francischini.