Prevenção: saiba os cuidados que se deve ter contra a leptospirose
Como é previsto nesta época do ano, no verão ocorrem altas temperaturas e pancadas de chuva. Com o grande volume de água que cai, rios, córregos e a rede de esgoto podem transbordar. O perigo é que essa água de enchente pode invadir tocas de ratos, e ser contaminada pela leptospirose e se espalhar pelas ruas, residências, e assim, contaminar pessoas. Este é um alerta da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) que faz parte da Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde de Pinhais.
A leptospirose é uma doença infecciosa grave causada por uma bactéria chamada Leptospirose sp, que pode acometer cães, seres humanos, animais silvestres, roedores, animais de produção, entre outros. O contágio ocorre por meio do contato com a urina de roedores, em que a bactéria penetra ativamente a pele e mucosas dos indivíduos.
No caso de uma pessoa entrar em contato com a água ou lama contaminada, ela pode infectar-se, especialmente se tiver cortes ou arranhaduras na pele ou pelas mucosas.
Especialistas orientam que todos devem ter cuidado, principalmente, aqueles que estão mais expostos à doença, como trabalhadores da rede de esgoto, construção civil e jardineiros. A recomendação é utilizar botas e luvas de borracha.
No dia a dia também é possível ter atitudes que vão ajudar a prevenir a leptospirose. Bons exemplos são a vacinação dos animais de estimação e ações que evitem a infestação de roedores, como acondicionamento correto do lixo, colocação de ralos/telas, retirada de entulhos, limpeza de terreno, vedação de frestas e recolhimento de ração durante a noite.
Entretanto, caso ocorra uma enchente, onde esgotos e bueiros – locais onde há presença de ratos – transbordem, o ideal é evitar o contato com a água e ficar atento aos sintomas da doença. Casas e áreas invadidas pela água devem ser lavadas com água sanitária a fim de eliminar a bactéria.
Segundo Michele Garcia Medeiros, da Vigilância Ambiental, as pessoas precisam observar com atenção, pois os sintomas lembram uma gripe comum: febre, dor de cabeça e dores pelo corpo, sobretudo nas panturrilhas. "Devido a estas características, pode acontecer da doença ser negligenciada. Mesmo o tratamento sendo simples, os sinais clínicos demoram cerca de 7 dias para se manifestar, e se não for realizado, pode evoluir a óbito. Por isto, se a pessoa apresentar estes sintomas deve procurar atendimento médico", afirma a médica veterinária.
Serviço
A Unidade de Vigilância de Zoonoses fica na Rua Alto Paraná, 1789, Emiliano Perneta. Informações pelos telefones: (41) 3912-5396 e 3912-5395.