Cidades da Região Metropolitana vão reduzir uso de aterro para lixo e ampliar geração de energia limpa

Na última semana, na terça-feira (11), foi realizada pelo Consórcio Intermunicipal para a Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (Conresol), a 44ª Assembleia Geral Ordinária da entidade. A reunião que é composta pelos municípios de Curitiba e Região Metropolitana aconteceu no Palácio 29 de Março, sede da Prefeitura Municipal de Curitiba.

Na ocasião, os municípios receberam a autorização ambiental para o aproveitamento energético de rejeitos da reciclagem nos fornos de cimenteiras, como CDR (Combustível Derivado de Resíduo). O projeto faz parte do compromisso assumido pelas cimenteiras Votorantim, Itambé e Supremo com o Conresol e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Na assembleia, também aconteceu a prestação de contas do exercício de 2018 que foi aprovada pelo Tribunal de Contas do Estado, aprovação do orçamento para o ano de 2020, entre outros assuntos.

A assembleia teve a presença do prefeito de Curitiba, Rafael Greca; a prefeita Marli Paulino, o secretário do Meio Ambiente do Paraná, Marcio Nunes, e prefeitos dos municípios de Agudos do Sul, Balsa Nova, Colombo, Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Mandirituba, Piraquara, Quitandinha, Tijucas do Sul, além da secretária executiva do Conresol, Rosamaria Milléo Costa; representantes de associações de catadores de Curitiba, entre outros convidados.

Com esta medida, a licença vai permitir a geração de energia e a produção de cimento na capital e Região Metropolitana, substituindo o carvão mineral, pelos rejeitos da reciclagem, não aproveitados e que são gerados pelas cidades participantes do consórcio.

O CDR é um substituto energético do coque de petróleo usado como combustível para a fabricação de cimento. A substituição traz uma série de benefícios: redução das emissões de carbono (que causam o efeito estufa), diminuição de passivos ambientais nos aterros sanitários, economia financeira para o município (que deixa de pagar o custo de aterro) e geração de renda para os catadores e recicladores.

Segundo informações, diariamente são produzidos pela Região Metropolitana de Curitiba 2,6 mil toneladas, e o material que sobra da reciclagem passa a ser aproveitado, não sendo mais destinado para a o aterro sanitário, o que contribui para a redução do uso do espaço e ampliando a geração de energia limpa.