Tecpar inicia venda de novo medicamento para o câncer
O Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) iniciou as vendas do medicamento usado no tratamento do câncer Trastuzumabe diretamente ao Ministério da Saúde, via Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). O Tecpar passou a comercializar o produto em abril e o medicamento já é entregue às secretarias de Saúde de 26 estados e do Distrito Federal.
A primeira entrega do produto foi feita em Palmas, no Tocantins. O acordo da PDP do Trastuzumabe inclui a parceria com a multinacional Roche e a empresa brasileira Axis Biotec.
O diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, disse que o início das vendas por PDP do medicamento marca o fortalecimento do instituto como laboratório público oficial. “Esse é o primeiro passo de uma caminhada na qual o resultado é um Tecpar autossuficiente e com uma plataforma diversificada na área da saúde e a redução do custo dos medicamentos para o Sistema Único de Saúde”, afirmou.
PLATAFORMA DE PRODUTOS – O Trastuzumabe é o primeiro de uma série de medicamentos para os quais o Tecpar foi aprovado como fornecedor oficial. São, no total, nove produtos: oito medicamentos biológicos (Bevacizumabe, Infliximabe, Trastuzumabe, Adalimumabe, Rituximabe e Etanercepte, utilizados no tratamento de câncer e de artrite reumatoide; e Imiglucerase e Betagalsidase, enzimas usadas no tratamento de doenças raras) e um sintético (Lenalidomida, medicamento sintético indicado para mieloma múltiplo).
Os biológicos serão produzidos no Centro de Desenvolvimento e Produção de Medicamentos Biológicos, em Maringá, que receberá um investimento do Ministério da Saúde de R$ 82 milhões para sua construção, e de R$ 82 milhões em equipamentos. A unidade será instalada em um terreno doado pela Prefeitura de Maringá ao Tecpar.
Já no caso da plataforma de medicamentos sintéticos, a produção será no Centro de Desenvolvimento e Produção de Medicamentos Sintéticos, unidade do instituto voltada a medicamentos sintéticos localizado no câmpus da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
O instituto investirá, com recursos do Ministério da Saúde, R$ 35,9 milhões para a modernização do centro, que já conta com um laboratório de Controle da Qualidade, de Garantia da Qualidade e Armazenagem/Distribuição.
A unidade de Ponta Grossa terá escala industrial, com capacidade de produção de 200 milhões de comprimidos/ano e 100 milhões de cápsulas/ano, quantidades suficientes para suprir a demanda do Ministério da Saúde com medicamentos definidos como estratégicos pelo Tecpar.