Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá tem movimento recorde
Os portos do Paraná seguem com operações normais, graças às medidas adotadas para a segurança e saúde dos trabalhadores. Nesta semana, o Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá teve recorde de movimentação de caminhões. Em 24 horas foram recebidos 2.448 caminhoneiros. Aumento de 20% no fluxo registrado normalmente, de 2 mil veículos/dia.
No mês, até esta quarta-feira (25), foram 42.875 veículos. O número é 25% maior que o registrado durante os 31 dias de março de 2019 (34.261 caminhões). O primeiro trimestre de 2020 já soma 103.336 caminhões. No mesmo período do ano passado, foram 85.730.
“A colheita da soja está bem avançada e mais da metade da produção já foi comercializada. Ou seja, estamos no pico do escoamento da safra, em um momento muito delicado que é este de pandemia, mas estamos conseguindo cuidar das duas coisas: o movimento de cargas e a saúde dos caminheiros”, destaca o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Segundo ele, as medidas preventivas implantadas no Pátio de Triagem são essenciais para manter o funcionamento do porto e o abastecimento do mercado mundial de alimentos. “Redobramos a exigência quanto à higiene dos banheiros, cantinas e demais estabelecimentos”, disse. “Instalamos 32 novos chuveiros e 10 novos pontos para lavar as mãos. Além disso, esta semana demos início a um serviço de triagem de saúde, com equipes médicas 24 horas”, acrescentou.
MEDIDAS
Estruturas de atendimento foram montadas para o atendimento primário de saúde. Médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem fazem aferição de temperatura, triagem dos sintomas e prestam orientação. Se necessário, os médicos fazem o encaminhamento para o hospital de referência, em Paranaguá, o Hospital Regional do Litoral.
As cantinas do Pátio continuam funcionando, mas foram retiradas as mesas e bancos de uso coletivo, as refeições são exclusivamente para entrega e foram proibidos a disposição de bufê e consumo de alimentos no entorno, para evitar filas e aglomerações.
Mensagens de orientação sobre a Covid-19 são divulgadas em cartazes, mensagens SMS e avisos sonoros, pelos autofalantes do pátio.
Nos silos e moegas públicas do Corredor de Exportação, bem como nos terminais do complexo, para onde os caminhoneiros levam a soja, milho e os farelos, os cuidados foram redobrados. Os locais agora contam com unidades extras de higienização.
ESTRADAS
O Governo do Paraná decretou que lanchonetes, restaurantes, oficinas mecânicas e borracharias que funcionam nas rodovias devem ficar abertas para atender os motoristas. “Criamos um ambiente favorável para atender esses profissionais neste momento difícil, mostrando que o Paraná se preocupa com essa atividade tão importante para a população”, afirmou o governador Carlos Massa ratinho Júnior.
O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, afirmou que o Estado está ao lado dos caminhoneiros desde o início da crise do coronavírus no País. Ele entrou em contato com o Ministério da Agricultura para pedir que os pátios de carregamento colaborassem com a distribuição de insumos e alimentação, além de permitir a higienização dos profissionais.
SOJA
Mesmo em tempos de pandemia, a atividade do campo, assim como a dos portos, não pode parar. É preciso escoar a produção dos grãos que, no Estado, deve chegar a 24,1 milhões de toneladas. Desses, quase 85% são de soja (20,4 milhões de toneladas).
Nesta sexta-feira (27), 13 navios operam nos portos paranaenses. Um carrega a soja e outros três farelo de soja. Outros dois navios de soja já estão programados para atracar, nos berços 212 e 213, ainda esta semana.
Dos 18 navios que já aguardam ao largo, 14 vieram para carregar soja e outros dois, o farelo do produto. São esperados para as próximas semanas mais 14 navios de soja e três de farelo.