Paraná terá R$ 540 milhões para investir em habitação popular
O Governo do Estado vai viabilizar a construção de 4.163 novas casas populares por meio de uma modalidade do programa Casa Fácil Paraná. Os municípios beneficiados serão Arapongas e Londrina, na Região Norte; e Ponta Grossa, nos Campos Gerais.
O convênio com a Pacaembu Construtora, empresa com sede em São Paulo, prevê investimentos de R$ 540 milhões. O acordo foi assinado nesta quarta-feira (5), em cerimônia no Palácio Iguaçu, pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, o presidente da Cohapar, Jorge Lange, prefeitos e representantes da empresa. A expectativa é que as casas fiquem prontas no primeiro semestre de 2022.
“Londrina, Arapongas e Ponta Grossa são três cidades importantes para o desenvolvimento do Paraná. É uma honra e nos deixa muito motivados poder anunciar um investimento deste porte, de mais de meio bilhão”, destacou Ratinho Junior.
Em Londrina, serão 1.474 imóveis divididos em duas etapas, com 894 e 580 unidades, respectivamente. Arapongas receberá as obras de 1.479 casas, enquanto Ponta Grossa terá outras 1.210. Os recursos a serem aplicados nas localidades foram obtidos pela construtora por meio do Programa Nacional de Habitação Urbana, do Governo Federal. O programa é voltado para famílias com renda de até seis salários mínimos.
“Além de trazer a iniciativa provada para trazer investimentos, a preocupação do Governo do Estado e da Cohapar é atender aquelas famílias mais carentes, muitas delas que não têm condição de pagar uma parcela”, disse o governador.
Ratinho Junior destacou ainda que o Governo do Paraná almeja a construção de 9 mil moradias em diversos municípios do Estado até 2022. O investimento estimado por meio desta modalidade do Casa Fácil Paraná, em parceria com a Pacaembu Construtora, é da ordem de R$ 1 bilhão a serem aplicados ao longo dos próximos anos.
“Faz parte de um grande pacote habitacional que temos para o Estado. Essa modalidade vai chegar a outras cidades do Paraná”, afirmou.
CONTRAPARTIDAS
O Governo do Estado, por meio da Cohapar, atuará na prestação de serviços de assessoramento técnico à construtora. Também serão concedidos benefícios do fornecimento dos materiais da rede de água e esgoto pela Sanepar, além da execução das redes de energia e unidades consumidoras através da Copel, contribuindo para a redução do custo final das moradias para as famílias a serem atendidas pelo empreendimento.
“Essa parceria do Estado com a construtora permite que as obras aconteçam e que as unidades fiquem mais baratas para quem vai comprar”, explicou o presidente da Cohapar, Jorge Lange. “É uma modalidade que vai ajudar muito a diminuir o déficit habitacional do Paraná”, acrescentou.
VANTAGENS
As moradias serão destinadas a famílias com renda de até seis salários mínimos, que contarão com condições facilitadas de pagamento junto aos agentes financeiros habilitados pelo Governo Federal.
Entre as vantagens, estão subsídios parciais para redução das prestações e possibilidade de uso do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) como valor de entrada do financiamento imobiliário.
“O Paraná é uma potência no mercado de habitação. Quando o Estado é parceiro da iniciativa privada, você gera mais emprego, renda e abre as possibilidades de conseguirem a casa própria, em um ciclo que se autoalimenta”, destacou o vice-presidente de negócios da construtora, Victor Bassan de Almeida.
EMPREGO E ARRECADAÇÃO
Com base em estudos, a estimativa é de que os investimentos aplicados nas obras devem resultar na geração de mais de quase 11 mil empregos.
Para o Governo, além dos benefícios diretos aos futuros proprietários e indiretos aos trabalhadores envolvidos, ainda há uma expectativa de incremento de R$ 27 milhões de arrecadação para os cofres estaduais por meio do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
“Ajuda a criar empregos para que os pais de família possam levar dinheiro para casa e também colabora para que o Estado possa sair mais rapidamente desta crise econômica decorrente da pandemia de coronavírus”, afirmou Ratinho Junior.
MUNICÍPIOS
Prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre ressaltou que o pacote habitacional integra uma série de ações do Governo do Estado no município. “Arapongas tem necessidade de casas populares, e agora o Governo do Estado nos ajuda a concretizar mais uma parceria”, disse.
Para o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, o investimento anunciado nesta quarta-feira reforça o poder de recuperação econômica do Estado, mirando investimentos justamente na parcela mais carente da população.
“A união entre Ponta Grossa e o Estado é muito benéfica. No meio de uma pandemia podermos anunciar a construção de casas próprias e a geração de emprego é motivo de muito orgulho”, afirmou.
“Vemos a dificuldade das pessoas que moram em Londrina em conseguir a casa própria. Em um programa como esse, a prestação da unidade sai mais barato do que um aluguel. É a maneira de dar cidadania às pessoas”, acrescentou Marcelo Belinati, prefeito de Londrina.
PRESENÇAS
Participaram do evento os secretários Guto Silva (Casa Civil), Marcel Micheletto (Administração e Previdência), Sandro Alex (Infraestrutura e Logística) e João Carlos Ortega (Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas); o presidente da Sanepar, Claudio Stabile; o superintendente de Engenharia e Obras de Geração e Transmissão da Copel, Marcelo Sanchotene; os deputados estaduais Tiago Amaral, Emerson Bacil, Delegado Jacovós, Delegado Recalcatti e Soldado Adriano José; além de integrantes da diretoria da Pacaembu Construtora.