Obras de Itaipu não param e ajudam a economia de todo o Paraná
A pandemia do novo coronavírus não afetou o ritmo das obras estruturantes financiadas pela Itaipu. Ao contrário. Com os devidos cuidados sanitários adotados durante a covid-19, operários trabalham dia e noite para manter a normalidade e, em alguns casos, até adiantar algumas delas, como é o caso da ampliação da pista do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. A construção da segunda ponte entre Brasil e Paraguai está dentro do cronograma.
No total, os investimentos da Itaipu em obras para a região somam mais de R$ 700 milhões e garantem mais de mil empregos diretos. Quando prontas, essas obras vão reconfigurar o status de Foz do Iguaçu e de todo o Estado do Paraná.
Aeroporto
Sem voos diários, a empresa executora das obras do aeroporto reajustou a programação de serviços no local, com o aumento do efetivo de maquinários e frentes de trabalho. Atualmente, mais de 130 máquinas e equipamentos estão mobilizados para os serviços, especialmente os de aterros e drenagens.
A ampliação do pátio de manobras de aeronaves e a duplicação da pista de acesso ao aeroporto, que já estão em fase de execução das bases de pavimentações, também foram aceleradas. Em fevereiro, o Diário Oficial da União publicou o “extrato de contrato” para a execução dessas obras, com prazo de 515 dias a partir da assinatura da ordem de serviço, que aconteceu no dia 28 do mesmo mês, na solenidade de inauguração dos fingers (portões de embarque) do terminal. A cerimônia teve a participação do ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
O valor do contrato é de R$ 53,9 milhões, dos quais a Itaipu entrou com 80% dos recursos (R$ 43,1 milhões). A empresa também investiu R$ 15,5 milhões na duplicação da ligação entre o aeroporto e a BR-469 e na ampliação do pátio de manobras de aeronaves. Com a modernização, Foz poderá receber aeronaves de grande porte. Essa é considerada a obra mais importante para transformar o local num hub e tornar o destino ainda mais internacional.
Ponte
Na Ponte da Integração Brasil-Paraguai , que ligará Foz do Iguaçu a Presidente Porto Franco, as obras, iniciadas em agosto do ano passado, também evoluíram. A baixa vazão no Rio Paraná contribuiu para que os operários acelerassem os trabalhos de fundações dos pilares principais. Na margem brasileira, os blocos de fundação dos pilares principais já foram concluídos. Na sequência, deve ter início a fase de armação e concretagem da torre-mastro, onde a grua principal já está montada.
O serviço de concretagem será feito com a utilização de formas deslizantes (modalidade de concretagem que ocorre continuamente e elimina juntas de dilatação). Na margem paraguaia, o dique de proteção também está pronto. A próxima etapa é a detonação em rocha. No canteiro de obras, a terraplanagem também foi feita e as edificações estão em fase de conclusão.
O investimento previsto é de R$ 463 milhões, dos quais R$ 323 milhões serão usados na ponte e R$ 140 milhões na construção da Perimetral Leste, ligação entre a nova ponte e a BR-277. A previsão é que as duas obras sejam concluídas em três anos. O Governo do Estado é responsável pela gestão da obra.
Ciclovias
Nas ciclovias da Avenida Tancredo Neves, na Vila A, as obras de contenções, aterros e instalação de calçadas em paver também estão em bom andamento. Nas duas frentes de trabalho estão sendo preparadas as bases para confecção das pavimentações asfálticas e as infraestruturas dos sistemas de iluminação.
Já o projeto de revitalização do Gramadão, uma das obras mais aguardadas pela população de Foz, também está adiantado. Como o local costuma ter bastante aglomeração, as obras só devem começar quando o período de isolamento já tiver passado. A licitação da reforma do espaço será aberta quando o projeto executivo estiver pronto, o que deve acontecer até maio.
Com o baixo movimento de veículos, os serviços de manutenção de pintura rodoviária da Avenida Tancredo Neves, principal acesso até a usina de Itaipu, que garantem condições mais seguras para os usuários, também ganharam fôlego.
“É a Itaipu ajudando a roda a girar, dando sua contrapartida para nossa gente”, diz o diretor-geral brasileiro, Joaquim Silva e Luna. Esses recursos só foram possíveis graças a uma reengenharia financeira promovida pela atual gestão da Itaipu, que eliminou convênios e parcerias sem aderência à missão ampliada da usina, para investimentos no desenvolvimento regional. Pela Itaipu, a Diretoria de Coordenação é a responsável por administrar as obras.
Mão amiga do Paraná
Na manhã desta quarta-feira (22), por videoconferência, durante assinatura de um protocolo de intenções entre Itaipu, Parque Tecnológico Itaipu e Governo do Paraná, o governador do Estado, Carlos Massa Ratinho Júnior, elogiou a atuação permanente da empresa no apoio à região Oeste, inclusive as ações pontuais durante a pandemia. Segundo o governador, esse período tem sido muito crítico para todo o Brasil e a ajuda da Itaipu é mais do que essencial para a retomada do crescimento econômico do Estado. “Itaipu é uma mão amiga do Paraná”, agradeceu.
O protocolo assinado prevê a parceria de Itaipu e PTI para ajudar a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) no monitoramento ambiental dos rios paranaenses. Silva e Luna reforçou que esse é um momento de unir forças. “Aos poucos a dinâmica da vida vai se impondo. Temos certeza que, com a soma dos nossos esforços, sairemos ainda mais fortalecidos pós-pandemia”, disse.
Imagens: Diretoria de Coordenação/Itaipu Binacional / Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional.