Educação vai ampliar atendimento a alunos estrangeiros

A Secretaria da Educação do Paraná promove nesta semana, em Curitiba, a primeira etapa do curso O Ensino de Português como Língua Estrangeira. O evento reúne profissionais da Educação e tem o objetivo de expandir o atendimento a alunos estrangeiros na rede estadual.

Participam cerca de 60 pessoas, entre técnicos de Língua Portuguesa dos Núcleos Regionais de Educação, coordenadores de Educação de Jovens e Adultos (EJA) habilitados em Língua Portuguesa, técnicos dos Centros Estaduais de Línguas Estrangeiras Modernas (Celem), professores que atuam nas turmas do Celem em Língua Portuguesa, além dos técnicos em Língua Portuguesa do Departamento da Educação Básica da secretaria. As atividades desta primeira etapa seguem até sexta-feira (27).

“A realização do curso atende ao Plano Estadual de Políticas Públicas para Promoção e Defesa dos Direitos de Refugiados, Migrantes e Apátridas do Estado do Paraná”, explica a coordenadora de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria da Educação, Márcia Dudeque, também representante da pasta no Conselho Estadual dos Direitos dos Refugiados, Migrantes e Apátridas do Paraná.

O curso atende também uma solicitação dos professores que atuam em Centros Estaduais de Educação Básica de Jovens e Adultos (CEEBJA), onde as matrículas de estrangeiros vêm aumentando.

De acordo com Márcia, os professores e técnicos participantes vão multiplicar o conhecimento a seus colegas nas escolas e sedes administrativas. “Há uma demanda crescente de atendimento para refugiados e migrantes se matriculados na rede estadual de ensino e que precisam aprender a Língua Portuguesa para se integrarem na escolarização, na sociedade e no trabalho, uma vez que a comunicação acaba sendo um grande desafio a esta demanda” diz Márcia.

“Nossos professores têm formação e graduação no ensino da Língua Portuguesa como língua materna para o ensino de brasileiros. Ensinar o Português para falantes de outras línguas é um desafio, e esse curso visa exatamente dar a esses profissionais condições para lidar com esta situação”, explica o chefe do Departamento de Educação Básica da Secretaria da Educação, Cassiano Ogliari.

 

DEMANDA – De acordo com o coordenador da Educação de Jovens e Adultos do Núcleo Regional de Educação de Toledo, Isaias Gomes Corcino Filho, participante do curso, nos municípios da região há uma grande demanda para atender alunos da África, Ásia e Oriente Médio. Além de refugiados, são muitos trabalhadores das várias indústrias locais.