Encontros dos Núcleos de Cooperação Socioambiental reforçam união entre setores para um futuro mais sustentável
Iniciativa da Itaipu e do Itaipu Parquetec engloba municípios, universidades, movimentos sociais, organizações cooperativas e empresas para a criação de 20 Núcleos de Cooperação
Os municípios de Paranaguá e São Mateus do Sul receberam nesta quinta e sexta-feira (12 e 13) as primeiras reuniões técnicas dos Núcleos de Cooperação Socioambiental do Litoral Paranaense e do Sul Paraná, respectivamente. A iniciativa da Itaipu Binacional e do Itaipu Parquetec, por meio do Governo Federal, foi lançada na quarta-feira (14) em Curitiba, com a criação dos núcleos Curitiba e Região Metropolitana e Suleste do Paraná. Uma cerimônia, com a presença de autoridades, selou o início das atividades presenciais.
O projeto, que é parte do programa Itaipu Mais que Energia, prevê o fortalecimento da participação da sociedade na busca por soluções para os desafios socioambientais, possibilitando aos núcleos espaços de diálogo e colaboração. A metodologia de base é a da governança participativa. O objetivo é construir um futuro mais sustentável para 434 municípios no Paraná e do sul do Mato Grosso do Sul.
Em apenas três dias, quase 400 pessoas e cerca de 200 instituições puderam participar de um exercício de diagnóstico dos principais desafios de seus territórios. Em Paranaguá, o encontro reuniu mais de 75 participantes e em São Mateus do Sul cerca de 100 pessoas, entre representantes de municípios, universidades, movimentos sociais, organizações cooperativas e empresas. Em Curitiba, foram mais de 230 participantes.
Na próxima semana, os encontros serão em Ponta Grossa (16), Irati (17), Guarapuava (18) e Laranjeiras do Sul (19). A primeira rodada de encontros presenciais segue até o dia 25 de outubro em Dourados (MS). A expectativa é que cada núcleo se reúna bimestralmente, on-line ou presencialmente.
O agricultor familiar e representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Mateus do Sul, Anderson de Lima, destacou a oportunidade de diálogo e a construção social conjunta entre os envolvidos. “Temos a certeza de que vamos ter um avanço muito grande, principalmente na questão social, no diálogo com as organizações e nas pautas, porque todos unidos e dialogando juntos a construção é muito maior e mais efetiva”, afirmou.
Para a agricultora familiar de São Mateus do Sul, Filomena Schlegel, o trabalho em rede, em que a somatória da diversidade de ideias entre o poder público, as organizações sociais e associações, tem um papel fundamental em ouvir e apoiar as propostas que serão construídas coletivamente, com apontamento dos problemas e soluções. “A gente se somando, buscamos não somente a proposição, mas na prática manter a diversidade camponesa, das etnias e da produção de alimentos saudáveis, principalmente que as boas propostas sejam rapidamente postas em prática”, ressaltou.
Fortalecimento das redes comunitárias
Os Núcleos de Cooperação Socioambiental, serão um ambiente ideal para o acesso a informações especializadas. A proposta é contribuir para a tomada de decisões, compartilhamento de saberes, identificação de desafios em comuns, desenvolvimento de projetos em parceria e fortalecimento de redes comunitárias.
Estão previstas uma série de atividades, que começam pelo exercício do diagnóstico territorial. Também serão promovidos capacitações e cursos sobre temáticas voltadas à sustentabilidade, que vão proporcionar com que os núcleos se aproximem ainda mais do Governo Federal e de oportunidades para a solução dos desafios.