Governo destina R$ 8,7 milhões para cuidado de longa permanência a idosos

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), destinou R$ 8,7 milhões a instituições de cuidado de longa permanência para idosos. São 158 entidades em 131 municípios contemplados. O repasse é feito via Fundo Estadual dos Direitos do Idoso do Paraná (Fipar) a municípios que tenham atestado de regularidade fundo a fundo atualizado.

O montante faz parte de um total de R$ 25,87 milhões para políticas voltadas às pessoas idosas, anunciado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em setembro de 2024. Os R$ 8,7 milhões são destinados para ações de melhoria de Unidades de Acolhimento Institucional para Pessoas Idosas e Serviço de Acolhimento Familiar para Pessoas Idosas, regularmente cadastradas no CadSUAS – sistema de cadastro do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

O papel do acolhimento institucional dentro das políticas públicas para pessoas idosas compôs os temas do I Fórum de Envelhecimento e Longevidade: Cuidados de Longa Duração, realizado nesta segunda-feira (25), em Curitiba. A iniciativa foi da Semipi em parceria com a Escola de Gestão do Paraná e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), com o apoio da Ação Social do Paraná (ASP) e Associação São Francisco de Assis de Pinhão (Asfapin).

O evento proporcionou um espaço de diálogo sobre projetos, programas e serviços que melhorem a qualidade de vida das pessoas idosas acolhidas ou dependentes de cuidados de longo prazo e suas famílias. “Discutimos acessos a serviços e programas que atendam as necessidades deste segmento populacional. Precisamos olhar com mais urgência para o cuidado a longo prazo e para as instituições de longa permanência, com uma política pública permanente e de continuidade”, disse a secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte.

A promotora de Justiça do Ministério Público do Paraná Mariana Dias Mariano disse que órgão trabalha para identificar as violações de direitos e garantir que as pessoas tenham acesso a uma vida digna. Ela afirmou que iniciativas como o fórum alinham expectativas de todas as instituições envolvidas, o que é fundamental para prevenir as possíveis violações. “Com o apoio do Estado as instituições conseguem construir de maneira conjunta as propostas que garantirão que as pessoas idosas alcancem a dignidade que elas têm direito”, afirmou.

OUTROS ATORES – A discussão envolveu, ainda, outros atores, como a UFPR e o Conselho Estadual dos Direitos do Idoso do Paraná (Cedipi/PR). A chefe do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade, Taiuani Marquine Raymundo, afirmou que a aproximação com o Governo do Estado, via Semipi, se deu pelo trabalho com pessoas idosas que estão nas instituições de longa permanência.

“Uma das maiores práticas da Terapia Ocupacional na gerontologia se dá dentro dessas instituições. Temos uma boa visão sobre promoção de saúde, prevenção de doenças, e isso tem casado com as últimas políticas e normativas voltadas ao cuidado de longa duração, muito mais consistente e baseado nos direitos da pessoa idosa”, ponderou.

Um dos conselheiro do Cedipi/PR, Adrianis Gaudino, ressaltou que o fórum é um primeiro momento para discutir, alinhar e traçar metas para o futuro. “O Paraná tem mais de 290 instituições de longa permanência que executam diariamente cuidados prolongados. Garantir que as pessoas tenham um envelhecimento saudável e com qualidade. É nesse ponto que a Semipi, apoiada pelo Conselho e demais entidades que prestam cuidados às pessoas idosas, precisa atuar”, completou.

DIGNIDADE E RESPEITO – O encontro contou com uma mesa que discutiu o tema “Cuidados de Longa Duração para a Pessoa Idosa: Estamos preparados para o envelhecimento com dignidade, respeito e qualidade de vida?”, com a participação da secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte; do psiquiatra e diretor científico da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), Eduardo Hostyn Sabbi, e da doutora e mestra em Ciência Política, especialista em política de cuidado e gênero, Symone Maria Machado Bonfim.

Também houve oficinas sobre qualidade de serviço, qualificação e proteção dos cuidadores, governança, fomento e recursos, e infraestrutura. O objetivo foi proporcionar um ambiente colaborativo e motivador, para que fossem compartilhadas experiências e estimulassem uns aos outros para o desenvolvimento de ideias inovadoras no tema.

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