Varejão Capão Raso tem variedade e bom preço
O consumidor que percorre os 17 boxes e bancas do Varejão Capão Raso, da Secretaria Municipal de Abastecimento e Agricultura, surpreende-se com a variedade. Na banca da Márcia, os hortifrutigranjeiros convencionais e orgânicos dividem a atenção dos clientes. No box de dona Annete, as cervejas curitibanas e belgas trapistas são carro-chefe de venda. As pimentas e o alho porró da Sirlene são sempre ótimas desculpas para chefs e consumidores trocarem receitas.
Localizado dentro do Shopping Popular, no Novo Mundo, o Varejão Capão Raso completará 25 anos em abril consolidado graças a um movimento diário de sete mil pessoas. “Quem vem ao Varejão pode também ir às lojas do shopping, ao Armazém da Família e usufruir da integração com o Terminal do Capão Raso. A pessoa pode sair do terminal, validar o cartão transporte ou pegar uma ficha, fazer compras por duas horas e depois voltar para o terminal sem pagar outro bilhete”, salienta o chefe de Unidade do Mercado Regional Cajuru e do Varejão Capão Raso, Luis Renato Mikosz.
Nas 17 bancas e boxes do Varejão, as opções de produtos alimentícios são as mais variadas. Frutas, verduras, legumes, cereais, mel, conservas, especiarias, bebidas e flores são comercializados de segunda-feira a sábado (o local é fechado aos domingos).
Na sexta-feira e no sábado, produtores da Grande Curitiba se unem aos demais permissionários e ocupam cinco bancas para vender alimentos in natura direto da roça.
“Venho quase todos os dias, pois o Varejão é perto de casa e tem um ótimo preço”, conta o professor Ednei Lisboa, 39 anos. Ele diz que há uma ótima variedade de hortifrutigranjeiros convencionais e orgânicos e que os seus preferidos são a cenoura, o tomate, a berinjela e o tempero verde. “Como moro sozinho, prefiro não exagerar na quantidade para não ter perda”, ressalta o professor.
A professora Cynthia Benner, 43 anos, vai toda semana ao Varejão para comprar legumes e verduras que serão preparados para a família, em especial para a filha Kauanna, de 9 anos. “Tenho preocupação com a qualidade e a variedade dos alimentos lá de casa. As frutas também não podem faltar”, acrescenta Cynthia.
O técnico judiciário Daniel Kerscher, 33 anos, mesmo com o corre-corre do dia a dia, faz questão de dar uma paradinha nas bancas e boxes do Varejão para renovar a despensa da cozinha com frutas, legumes e verduras. “Gosto da variedade, do atendimento e do preço”, justifica Daniel.
Custo-benefício
Dono da uma das bancas de hortifrutigranjeiros do Varejão, Benedito Rodrigues da Silva, carinhosamente chamado de Seu Dito, acorda todo dia às 4h da manhã para escolher no Ceasa os produtos que serão oferecidos aos clientes. “No bairro, trabalho há 30 anos e no Varejão estou há 24 anos. Por isso, sei o que a maioria dos meus clientes gosta, busco qualidade, mas sem esquecer do melhor preço”, destaca o comerciante de 64 anos.
Dona também de uma banca de frutas, verduras e legumes, Marcia Eleni Rodrigues Ferreira, 48 anos, está no Varejão desde a abertura, há quase duas décadas e meia. “Conheço a maioria dos meus fregueses pelo nome. Por isso, tenho muita preocupação com qualidade, preço e não penso duas vezes em devolver um produto que ache que não está bom o suficiente”, observa a permissionária, que também amanhece no Ceasa em busca do melhor custo-benefício.
Há sete anos com sua banca de especiarias, conversas e compotas, Sirlene Santos, 37 anos, afirma que o que dá mais prazer é a troca de experiências com os clientes. “Aqui vem chefs, cozinheiros e fregueses que amam fazer uma comidinha diferente. A gente conversa, troca receitas e dicas de como usar as pimentas e outros alimentos que eu vendo”, observa. Vistosas, as variedades de alho são os produtos mais vendidos na banca de Sirlene. “Dá para fazer sopa ou assar como entrada, principalmente o alho-porró, ou incrementar o sabor de um prato durante o preparo com o roxo”, salienta Sirlene.
Entre as centenas rótulos de cachaças, vinhos e uísques, as cervejas gourmet são as bebidas mais procuradas por quem visita o box de bebidas de Annete Broch, 53 anos. Ela conta que não faltam opções produzidas na capital, como a República de Curitiba, a Klein, a Biertuck e a Bier Hoff, bem como as clássicas belgas trapistas (feitas por monges dos mosteiros trapistas), como a Trappístes Rochefort; e aquela que é considerada a mais forte do mundo, a austríaca Eggenberg Samichlaus. “Temos clientes fieis de cerveja, que representam 70% das nossas vendas”, revela Annete.
Shopping
Quem frequenta o Varejão do Capão Raso também tem à disposição o Armazém da Família, que vende alimentos prontos e produtos de higiene e limpeza para famílias cadastradas, e as 112 lojas que compõem o Shopping Popular;
O shopping tem uma variedade de serviços e comércio de roupas e calçados, loteria, farmácia e ótica, bem como uma praça de alimentação, açougue e peixaria. O presidente da associação dos lojistas do shopping, William Noel Ploszaj, 48 anos, defende maior integração de todo o complexo, que poderia ser transformado no segundo mercado regional de Curitiba, a exemplo do Mercado Regional Cajuru. “A ideia é atrairmos mais comerciantes, talvez do Mercado Municipal, para ampliarmos o mix de produtos e termos mais consumidores”, explica o presidente da associação dos lojistas.
Ploszaj espera conseguir apoio da Prefeitura para a criação do chamado Mercado Regional Sul, que dependeria de negociações com a Urbs, responsável por todo o espaço, inclusive o estacionamento, e a Secretaria Municipal de Abastecimento e Agricultura, que administra o Varejão e o Armazém da Família. “É um sonho que queremos transformar em realidade. Vamos pedir o apoio do prefeito Rafael Greca”, destaca. Ele defende uma aplicação do modelo de autogestão. “Hoje cuidamos da limpeza dos banheiros e segurança diurna, além de ratearmos outros custos. Mas queremos ter mais responsabilidades”, completa.
Como usufruir da integração do Shopping Popular/Varejão/Armazém da Família com o Terminal do Capão Raso:
1 – Passe o cartão transporte no validador na saída do terminal (caso tenha pago em dinheiro o bilhete, também é possível identificar-se e pegar uma ficha)
2 – Depois de entrar no shopping, vá ao validador da Urbs instalado no corredor dos Correios e passe novamente o cartão. A pessoa tem dez minutos para fazer isso a partir do momento que saiu do terminal.
3 – Após a validação, o consumidor tem um período de duas horas para fazer as compras e regressar ao Terminal sem pagar outra passagem. Caso tenha pego uma ficha, ela deve ser devolvida.