Reunião em Brasília decide sobre edital da ponte entre MS e Paraguai
A exemplo da Ponte da Integração, a ponte sobre o Rio Paraguai também será financiada totalmente pela Itaipu Binacional.
O diretor de Coordenação de Itaipu Binacional, general Luiz Felipe Carbonell, participa em Brasília, nesta terça-feira (1), da 1ªReunião da Comissão Mista Brasil-Paraguai para a construção da ponte internacional sobre o Rio Paraguai, que vai ligar Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, a Carmelo Peralta, no Paraguai.
A exemplo da ponte sobre o Rio Paraná, entre Foz do Iguaçu (PR) e Presidente Franco (PY), a futura ligação sobre o Rio Paraguai será financiada totalmente pela Itaipu Binacional.
Segundo o general Carbonell, essa reunião é um ponto fundamental para formatar os trabalhos e dar início ao processo da construção da ponte sobre o Rio Paraguai, uma obra que mais uma vez integrará os dois países irmãos, com recursos da usina.
A reunião ocorre no Ministério de Relações Exteriores e é conduzida pela embaixadora Eugênia Barthelmess, diretora do Departamento de América do Sul, e por sua contraparte, a embaixadora Glória Amarilla, diretora geral de Comércio Exterior do Ministério de Relações Exteriores do Paraguai.
A primeira reunião da Comissão Mista encomendará os estudos preliminares necessários à elaboração do edital de licitação da obra e definirá outras questões, como a criação de um centro integrado de controle aduaneiro e o estabelecimento de mecanismos de cooperação nas questões tributárias e de migração a serem contemplados na fase de construção.
A declaração presidencial conjunta entre Brasil e Paraguai, assinada pelos presidentes dos dois países em 21 de dezembro de 2018, em Foz do Iguaçu, atribuiu o financiamento da ponte sobre o Rio Paraguai à margem paraguaia de Itaipu. Em contrapartida, o financiamento da ponte sobre o Rio Paraná, cuja construção teve início em 30 de julho do corrente ano, está sob o encargo da margem brasileira de Itaipu.
Com as duas novas pontes, a Itaipu contribui com infraestrutura básica para que Brasil e Paraguai possam ampliar o comércio entre ambos e, também, com outros países da região, a partir da sonhada criação do corredor bioceânico, ligando os portos de Santos e Paranaguá, no Brasil, aos do Chile.
O diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, afirmou que as duas pontes são obras tão importantes que simplesmente mudarão a configuração econômica de diversas regiões beneficiadas com a conexão bioceânica, possibilitando ampliar as trocas de países vizinhos e, ainda, permitir que a produção de soja e de carne do Brasil, por exemplo, cheguem a custo mais baixo aos mercados asiáticos. "Este será um grande legado da Itaipu para o futuro de nossos países", disse.