Morre Roberto de Regina maestro e criador da Camerata Antiqua de Curitiba
É com profundo pesar que comunicamos o falecimento de Roberto Miguel de Regina, maestro, cravista e uma das figuras mais emblemáticas da música erudita no Brasil. Fundador da Camerata Antiqua de Curitiba, De Regina dedicou sua vida à promoção e valorização da música antiga, deixando um legado inestimável para a cultura brasileira.
Roberto foi um homem de muitos talentos, era médico anestesista, escritor, pintor e artesão. Ao criar a Camerata Antiqua em 1974, Roberto De Regina estabeleceu um dos grupos mais importantes do cenário musical nacional, reconhecido por sua excelência artística e por manter viva a tradição da música.

Entre os muitos músicos que passaram pela Camerata Antiqua, destaca-se também a participação do tenor Sady Ricardo, atual diretor do jornal Agora Paraná, conhecido por sua grande admiração e respeito pelo maestro.
Neste momento de luto, prestamos nossas homenagens a esse grande mestre da música, expressando nossa solidariedade à família, amigos e a todos que foram tocados por sua arte.

História
Roberto Miguel de Barros Regina (Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 1927 – Rio de Janeiro, 25 de abril de 2025) foi um cravista brasileiro, responsável pela construção do primeiro cravo brasileiro e pela gravação dos dois primeiros discos de cravo e música antiga no país, além do primeiro grupo de música antiga.
Nascido na então capital federal, é filho do médico paulista Pedro Regina Sobrinho e da carioca Maria Magdalena Freire de Barros. Seus avós paternos eram imigrantes italianos provenientes da Calábria. Seu pai exerceu o cargo equivalente ao de prefeito por alguns meses logo após à Revolução de 1930. no seu município natal, Bariri, onde Roberto cresceu.
Embora seja amplamente reconhecido como um dos maiores cravistas do Brasil, com 26 álbuns e 5 DVDs gravados, Roberto de Regina possui também outras facetas menos divulgadas: é médico anestesista – profissão que exerceu durante anos, paralelamente à música – e exímio artesão.
Sua coleção de miniaturas, reunidas desde a infância, estão expostas em um museu aberto ao público, para visitas agendadas. Chamado de Museu Ronaldo J. Ribeiro, situa-se em sua própria residência, um sítio em Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O nome é uma homenagem ao administrador do sítio. Boa parte das miniaturas é confeccionada pelo próprio músico. Destaques da coleção: uma maquete de uma cidade européia fictícia, com teatros, cinemas, igrejas e bondes; automóveis antigos e aviões (inclusive o 14 Bis, de Santos Dumont e a Kitty Hawk, dos Irmãos Wright); embarcações como a Barca do Sol (usada no funeral do faraó Quéops, em 4500 A.C.) e a esquadra de Pedro Álvares Cabral; catedrais e castelos, como o Krak des Chevaliers, localizado na Síria.
Fonte do subtexto “História”: Wikipédia