Missão da ONU conhece projetos inovadores de Curitiba

Uma missão do Programa Cidades do Pacto Global da ONU chega a Curitiba, na próxima segunda-feira (7/1), para conhecer os projetos de cidade inteligente da capital. A programação começa na terça-feira (8/1) e, durante três dias, representantes das Nações Unidas e do programa City Possible do Grupo Mastercard irão participar de reuniões com representantes do Vale do Pinhão, o movimento da Prefeitura e do ecossistema para incentivar ainda mais o ambiente da inovação de Curitiba.

Outro objetivo da comitiva é desenhar com o município um projeto comum que pode ter parte de financiamento internacional. A presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento, Cris Alessi, destaca que projetos inovadores da capital, como o Saúde Já, os Faróis do Saber e Inovação e as hortas urbanas, chamaram a atenção do programa da ONU e da Mastercard, que selecionaram Curitiba para participar do programa City Possible da Mastercard.

“O programa é uma plataforma de cidades inteligentes que a capital aderiu, durante a participação do prefeito Rafael Greca no Smart City Expo World Congress, em Barcelona, em novembro de 2018, disse Cris Alessi. “A plataforma possibilita a aproximação com organismos internacionais interessados em investir em projetos que tem aderência aos ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) até 2030 e, no nosso caso, a cidades inteligentes”, completou Cris, que comanda o órgão ligado a Prefeitura responsável pela política de inovação da capital.

Ao aderir ao City Possible, Curitiba passou a integrar o seleto grupo de 15 cidades no mundo interessadas em desenvolver de forma colaborativa soluções para os espaços urbanos. Já integram a plataforma internacional: Atenas (Grécia), Aurora (EUA), Baltimore (EUA), Dubai (Emirados Árabes), Dublin (Irlanda), Helsinki (Finlândia), Honolulu (EUA), Kansas City (EUA), Melbourne (Austrália), Praga (República Tcheca), San Diego (EUA), Sydney (Austrália), Altamonte Springs (EUA) e Liverpool (Austrália).

Cris observa ainda que o City Possible se alinha ao conceito do Vale do Pinhão, pois oferece uma estrutura colaborativa para catalisar e combinar os recursos do governo, de empresas e da sociedade civil, a fim de encontrar soluções concretas para questões urbanas, sociais, econômicas e ambientais aparentemente de difícil solução.

“O ambiente digital da plataforma reúne conteúdos multimídia que destacam os desafios que as cidades enfrentam e as formas como os setores público e privado podem trabalhar em conjunto para beneficiar cidades, empresas e pessoas”, reforçou a presidente da Agência Curitiba.

Smart City

Recuperar o DNA inovador de Curitiba tem sido uma das principais missões do prefeito Rafael Greca, desde o início de sua gestão, em 2017. Dois anos depois, a capital já conquistou o título de cidade mais inteligente e conectada do Brasil, de acordo com o ranking Connected Smart Cities 2018, e está pronta para dar um salto ainda maior com a nova Lei de Inovação, sancionada em novembro passado pelo prefeito.

Ao longo de 2018, a Prefeitura também buscou levar a inovação para todos os seus serviços. Os Faróis do Saber e Inovação e o programa de Agricultura Urbana foram expandidos por toda a capital. Os futuros Liceus do Ofício e da Inovação, previstos para 2019, vão seguir o conceito do Vale do Pinhão e serão verdadeiras “fab labs” de capacitação profissional, laboratórios de fabricação por prototipagem, com impressoras 3D, cortadoras a laser, computadores com software de desenho digital CAD, equipamentos de eletrônica e robótica e ferramentas de marcenaria e mecânica.

Além disso, novos Worktibas serão inaugurados este ano e já está finalizado o projeto de transformação do Caximba em um bairro sustentável referência internacional. A revitalização do local prevê a despoluição da área, incluindo os lagos, e a construção de um dique com três quilômetros de extensão, que irá mudar o cenário do bairro e permitir a construção de um parque linear.

As habitações irregulares darão lugar a um conjunto habitacional com mil unidades, capaz de gerar a própria energia, através de placas fotovoltaicas instaladas nos telhados, além de tecnologia para a coleta e reaproveitamento da água da chuva.