Manutenção com tapa-buraco já foi feita em 2.180 km de vias este ano

O trabalho de recuperação das ruas por meio de tapa-buraco resultou na manutenção de 2.180 quilômetros de vias este ano em Curitiba. A extensão equivale a quase a metade da malha viária de 4.515 quilômetros da cidade.

O resultado foi obtido após o município contornar os problemas encontrados no começo do ano, quando foi preciso retomar a contratação de equipes cujo trabalho estava suspenso e planejar as ações para atender a demanda determinada pelo prefeito Rafael Greca “de colocar a casa em ordem” o mais rapidamente possível.

Hoje a cidade tem 87 equipes de manutenção atuando em todas as regionais. Além do tapa-buraco, elas são responsáveis por serviços de roçada, limpeza de caixas de captação, desobstrução e limpeza de galerias pluviais, manutenção de passeio e também das ruas de saibro.

“Esse trabalho é fundamental para manter a estrutura da cidade nas melhores condições possíveis para a população”, diz o engenheiro Luciano Canto, superintendente de Manutenção da Secretaria de Governo Municipal. “Sem tapa-buraco, o tráfego fica comprometido e causa desgaste para veículos, além de desconforto também para os pedestres; se as caixas de captação não forem limpas, as ruas podem alagar com as chuvas mais fortes.”

Incremento
De acordo com Canto, o ritmo de manutenção vai melhorar no ano que vem, quando deverão ser contratadas mais 40 equipes.

A ampliação será possível graças ao programa de ajuste fiscal implementado ao longo do ano e também aos recursos devolvidos pela Câmara Municipal que serão destinados à zeladoria do município.

Com isso, a capacidade média de manutenção de tapa-buraco das ruas vai mais que dobrar, dos atuais 176 km por mês para 360 km. “Dessa forma, vamos reduzindo a demanda reprimida e trazendo a manutenção para um nível de normalidade”, explica o superintendente.

Feito difícil
Canto ressalta que o resultado do trabalho este ano é significativo, principalmente levando-se em conta as dificuldades financeiras que precisaram ser vencidas – a gestão passada, por exemplo, deixou dívidas com vários prestadores de serviço na área.

Ele ressalta que boa parte da malha viária de Curitiba é composta de pavimento antigo, que exige manutenção mais frequente, como nos casos de ruas de antipó, cujas fissuras e deformações abrem-se de maneira mais intensa quando chove. Isso exige, por exemplo, que o serviço seja feito muitas vezes ao longo do ano numa mesma rua.

Troca maior
Para resolver o problema é preciso investir em reciclagem dos pavimentos existentes (aumentando a estrutura e o revestimento do antipó), além de fresagem e recape de pavimentos de asfalto definitivo e troca das ruas de saibro.

A Prefeitura já deu início a essas ações, que dependem de recursos mais volumosos. Este ano a Prefeitura fez ou está fazendo recape e pavimentação em 59 ruas, num total de 35 km. (Clique aqui e veja mais). 

Em parceria com o governo do Estado, está firmando convênios para reciclar quase 100 km de via de antipó e outros 50 km de fresa e recape em vias de pavimento definitivo.

O município também obteve dois financiamentos (com a Caixa e com o Banco do Brasil) para substituir 100 km de ruas de saibro por asfalto.

“É um plano de obras robusto”, diz Canto.

Gente satisfeita
O trabalho do município nesta área tem um impacto direto para os moradores da cidade.

A professora Maria da Graça Solter, de 69 anos, por exemplo, mora há 30 anos numa rua do Abranches onde foi feita manutenção recente, aprovou o trabalho. “Melhorou muito. É impossível ficar desviando dos buracos, pode até causar um acidente”, afirmou.

Perto dali, a comerciante Iara Cristina, 37 anos, e Victório João Brunor, ambos há 5 anos na região, contam que a situação da rua estava “horrível”. Solicitaram serviço pela Central 156. “Agora melhorou muito. Aqui tem tráfego de caminhão e ônibus híbrido, então sempre precisa de manutenção”, conta Iara.

O intenso tráfego da região também se dá pela presença de duas escolas, uma igreja e por carros que adentram a cidade vindos de Almirante Tamandaré. “Vira e mexe abrem os buracos. É muito movimento”, conta o mecânico Fábio Danta Porto,  63 anos, morador do bairro há 23 anos.

Serviço
Para solicitar o serviço de tapa buraco é preciso contatar a Central 156 pelo telefone ou pelo site: www.central156.org.br.