Greca comemora geração recorde de novas vagas e destaca ações de Curitiba para “empregos do futuro”
O prefeito Rafael Greca comemorou os resultados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de 2019. Divulgados pelo Ministério da Economia, os dados colocam Curitiba como a terceira capital que mais gerou empregos formais no ano passado em todo Brasil: 18.253 novas vagas, segundo o cadastro.
É o melhor desempenho desde 2013. À frente de Curitiba, ficaram apenas São Paulo (71.851) e Belo Horizonte (20.770), municípios significativamente mais populosos que a capital paranaense.
“É uma recuperação robusta”, diz o prefeito. “Estamos desenvolvendo em Curitiba uma série de políticas públicas voltadas a incrementar a geração de emprego de forma sustentada pelos próximos anos. Já vemos o resultado e criamos as condições para que os resultados futuros sejam ainda melhores e conectados com as demandas da nova economia tecnológica.”
O desempenho no ano passado consolida uma evolução registrada desde 2018, quando teve início a recuperação de empregos na capital. O acumulado nos dois anos soma 33.325 novas vagas.
Entre 2015 e 2017, a cidade perdeu 60.307 vagas. Em crise fiscal, em 2017, a cidade implantou um forte plano de recuperação que colocou as contas públicas em ordem. Além disso, o município desenvolveu uma série de ações para estimular o emprego.
Greca reforça que a recuperação da economia como um todo é fator preponderante para retomada dos empregos.
“Curitiba está fazendo sua parte de maneira muito eficiente”, diz o prefeito.
O Paraná como um todo foi o quarto estado com maior geração de emprego.
Como o município ajuda a criar emprego
Um dos resultados do Plano de Recuperação de Curitiba, por exemplo, é que os investimentos próprios do município, que têm reflexo na geração de vagas, subiram 11%.
Outras ações ajudam a melhorar a geração de vagas.
Além de empregos considerados “tradicionais”, nos quais a Fundação de Ação Social (FAS) tem uma atuação decisiva por meio de programas como os encaminhamentos da Agência do Trabalhador, os mutirões de vagas, o FAS Aprendiz, o Mobiliza e os Liceus de Ofícios, o município vem fazendo um forte trabalho para atender as demandas dos “empregos do futuro” – dentro do Vale do Pinhão, o ecossistema de inovação que vem sendo criado em Curitiba desde 2017.
Em janeiro de 2020, foi criado o Empregotech, programa de capacitação de jovens aliado a obtenção de vagas nas empresas da cidade, que hoje têm demanda por mão de obra qualificada.
“Há 6.000 postos em aberto na área de Tecnologia da Informação na capital”, explica o prefeito. “Oferecemos a oportunidade para nossos jovens estarem preparados para ocupá-los.”
O programa deve absorver nesta primeira fase 1.500 jovens – outros 1.000 já foram capacitados em outro programa, o Primeiro Emprego.
Além disso, a retomada do Tecnoparque, o programa que reduz imposto para empresas de tecnologia, foi outro avanço importante. Oito novas empresas aderiram ao programa gerando 450 novas vagas.
Já os dois Workitibas – os espaços de compartilhamento de espaço para profissionais e empresas iniciantes, que precisam de auxílio para deslanchar – reuniu no ano passado 48 empresas, onde trabalham 144 pessoas. O terceiro coworking funcionará no Boqueirão neste primeiro semestre e deve absorver outras 120 vagas.
Com os editais para 2020, os coworkings públicos vão atender até 330 empreendedores de 110 empresas iniciantes.
Empresas que crescem
Como parte do Vale do Pinhão, por exemplo, o município tem ainda dez das cem startups mais promissoras do país.
“Uma vez que essas empresas crescem, cresce o emprego na cidade”, diz o prefeito, lembrando, por exemplo, do Ebanx, a startup que ultrapassou o R$ 1 bilhão em valor de mercado e emprega mais de 600 pessoas em Curitiba.
Volume de vagas
Outras ações que ajudam a dar volume à geração de emprego, são as quase 27 mil vagas grátis oferecidas pela FAS Trabalho em 151 cursos de capacitação e os mais de 136 mil atendimentos do Serviço Nacional do Emprego (Sine) nas Ruas de Cidadania, em 2019.