Estudantes assinam documento contra o bullying na escola

Estudantes da Escola Municipal Doutor Guilherme Lacerda Braga Sobrinho, no Uberaba, assinaram na última quarta-feira (22/8) um termo de compromisso assumindo posturas de enfrentamento ao bullying. A iniciativa faz parte do projeto “Você tem direitos, eu respeito”, da Secretaria Municipal da Educação. O objetivo é promover ações positivas, de não violência, e de respeito às diversidades entre estudantes, professores, pais e comunidade escolar.

Cada um dos 400 estudantes das turmas de 1º ao 5º ano, assinou o seu documento. O compromisso coletivo foi assumido depois que um grupo de estudantes que participa da oficina de jornal escolar Extra Extra! liderou uma campanha incentivando que o respeito, o diálogo, a aceitação às diferenças e a harmonia façam parte do cotidiano de todos.

“Hoje os estudantes assumiram o compromisso do respeito e do cuidado com o próximo”, destacou a diretora da escola, Maria do Socorro Hermes Morlotti. No ambiente escolar, as ações realizadas por professores e estudantes ressaltam que todo profissional, independente da função, é capaz de intervir e dar apoio para aquele que sofre bullying.  

Contra o bullying

Quem testemunha situações de bullying, geralmente os estudantes, silencia por medo de se tornarem vítimas do agressor. “Quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying o ambiente fica contaminado e os alunos são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade”, explicou a diretora.

Rodas de conversa, elaboração de textos, vídeos, cartazes, fotos, entrevistas e outros tipos de intervenção foram realizadas na escola, tornando os estudantes protagonistas da discussão. A turma também pesquisou e debateu atitudes capazes de acabar com o bullying entre os colegas.

Uma das primeiras voluntárias a assinar o termo de compromisso foi a estudante Flávia Letícia, de 9 anos. Ela espera que a atitude seja um exemplo para colegas que não respeitam o outro. “Eu era tímida e sofri por ter apelidos, como “gorda, baleia, etc”, mas agora quero ajudar os outros para não passarem por isso”, disse Flávia.

Ricardo Expedito, de 10 anos, colega de Flávia, ressaltou a importância de estar atento sempre. “A conversa e a coragem são coisas importantes para que não se faça bullying na escola. Eu descobri que a brincadeira tem um significado grande quando causa o sofrimento do colega”, destacou o menino.

Jornalistas mirins

Lugares onde os jovens e crianças passam boa parte do tempo em convívio social, são os principais locais onde ocorrem bullying. “Intimidação, humilhação e agressão são exemplos das agressões que podem fazer com que a pessoa se exclua, não querendo falar com as pessoas e começa a ficar quieta e triste”, explicou o jornalista mirim, Matheus Henrique Salton, de 10 anos.

Alertas como estes e muitos outros são manifestados pelo grupo de repórteres mirins da escola que produziram vídeos abordando como evitar o problema e promover atitudes positivas, de respeito e valorização às diversidades.

O trabalho a partir do tema Você tem Direitos, eu Respeito!, foi feito durante as atividades do projeto Extra Extra!, de produção de jornais eletrônicos escolares, e das práticas de acompanhamento pedagógico. O vídeo foi orientado pela professora Luciene Cristina Fraga Lacerda.