Curso gratuito da Prefeitura ensina Libras para a população
Poder se comunicar com as pessoas surdas e inclui-las nas atividades do cotidiano são os objetivos dos participantes do curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) ofertado pela Prefeitura, na sede da Assessoria de Direitos da Pessoas com Deficiência, no Cristo Rei. As aulas gratuitas acontecem as terças e quintas-feiras, das 8h30 às 12h.
Sandro José Batista é professor de Libras pelo Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE), e pela primeira vez ministra o curso em parceria com a FAS Trabalho. Segundo ele, a turma é muito interessada e formada, principalmente, por pessoas que fazem atendimento ao público.
Segundo Denise Moraes, coordenadora da Assessoria de Direitos da Pessoa com Deficiência, a procura para o curso é muito grande. “Demonstra a preocupação cada vez maior pela inclusão. A inclusão começa com pequenas atitudes, como saber cumprimentar um surdo ou oferecer ajuda para um cego”, explica Denise.
Os próximos cursos terão 90 vagas disponíveis e vão começar em abril. As inscrições estão abertas até domingo (31/3). Para participar é preciso se cadastrar no portal Aprendere (http://aprendere.curitiba.pr.gov.br), o curso é gratuito.
“Essas novas turmas representam a ampliação das ações feitas pela FAS Trabalho e o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), um grande parceiro do programa Liceus de Ofícios desde 2017”, explica o superintendente do Trabalho e Emprego da FAS Trabalho, Fabiano Vilaruel.
Oi! A acessibilidade começa de maneira simples
Os educadores físicos Rafael e Kaoana Coletti são casados e compartilham a vontade de aprender a se comunicar e atender melhor os alunos surdos. Kaoana já foi professora de dança de uma escola de educação especial.
“Meu primeiro contato com Libras foi com uma turma de surdos. Eu tinha uma intérprete nas aulas, mas aprendi muito com os alunos. Comecei a me interessar por inclusão, porque me apaixonei por eles”, conta a educadora física.
Rafael, por sua vez, começou recentemente a dar aula de crossfit para uma aluna com deficiência auditiva. Nas primeiras aulas teve auxílio da esposa, agora, quer participa do curso da Prefeitura para melhorar a comunicação.
“Já na primeira aula consegui cumprimentar a minha aluna. Ela se sentiu bem e acolhida, não esperava que eu fosse recebê-la me comunicando com os sinais”, explicou. Ele conta que a felicidade da aluna o motivou a frequentar o curso.
Já a professora aposentada Neiva Dias é deficiente visual e o contato com uma pessoa surda e cega que a fez pensar em conhecer a língua. Ela frequenta as aulas com auxílio de uma intérprete que ensina os sinais tocando em suas mãos, a modalidade chama-se Libras tátil.
“Sou uma entusiasta de assuntos relacionados à inclusão. Faço cursos e participo de grupos relacionados”, comenta a aposentada.