Curitiba criou 10,7 mil empregos, melhor resultado desde 2014
Curitiba teve o melhor resultado dos últimos cinco anos na geração de empregos no mercado de trabalho formal. De janeiro a agosto foram 10.764 vagas com carteira assinada no período, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
O resultado de Curitiba foi o quarto melhor do Brasil e o maior do Sul. A capital paranaense gerou quase dez vezes mais empregos que Porto Alegre, que ficou com saldo bem mais tímido de 1.767 vagas no mesmo período. Florianópolis, por sua vez, teve saldo negativo de 1.206 vagas.
O saldo do Caged mede a diferença entre admitidos e demitidos no mercado de trabalho formal. Em oito meses, o saldo da capital só perde para São Paulo (53,9 mil), Belo Horizonte (26,9 mil) e Brasília (15 mil).
Para Julio Suzuki Júnior, diretor presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), Curitiba só perdeu em geração de vagas para capitais com uma população muito maior. “Em compensação teve resultado muito melhor do que cidades do mesmo porte, como Porto Alegre e Fortaleza”, acrescenta.
Desde 2014, quando gerou 15,1 mil vagas, Curitiba não tinha um resultado tão positivo na geração de empregos para o período de janeiro a agosto. De 2015 a 2017 foram resultados negativos, com o mercado de trabalho pressionado pela crise econômica: em 2015 o saldo foi de -13.161; em 2016 de -12.998, e em 2017, de -4.774.
"O crescimento decorre, dentre outros fatores, dos atendimentos nos dez postos municipais do SINE”, diz Cesário Ferreira Filho”, diretor de relações do trabalho da Fundação de Ação Social (FAS) Trabalho.
De acordo com ele, houve aumento de 45% no número de vagas ofertadas nesse ano pelo Sine na capital. De janeiro a agosto foram 4.117 vagas ofertadas, contra 2.839 no mesmo período do ano passado.
Setores
Três setores foram responsáveis pelo bom desempenho de Curitiba nos primeiros oito meses do ano, de acordo com o Caged. O de serviços, com 9.338 vagas abertas de janeiro a agosto, liderou o movimento de criação de emprego na capital. Em seguida veio da construção civil, com 1.608 vagas, e a indústria da transformação, com 576 postos de trabalho abertos. “Destaque para a construção, que vinha em baixa e que se recupera com a melhora na renda, e para a indústria, que sofreu com a crise econômica”, diz Suzuki.
Em agosto, os números de Curitiba também ficaram bem acima da média. Foram 2.811 novas vagas contra o fechamento de 1.650 oportunidades no mesmo mês do ano passado. Lideraram a abertura de vagas os setores de serviços com 1.931 empregos abertos, comércio (564) e construção civil (220).
“Esse aumento na oferta de vagas demonstra a atração que nossa cidade promove no ponto de vista econômico, despertando instalação de novos segmentos na área de serviços, comércio, construção civil, informação e tecnologia”, afirma Ferreira, da FAS Trabalho.
Entre os exemplos, estão as grandes redes de hipermercados recém-instaladas e ampliadas na capital, serviços de telemarketing sendo reestruturados, serviços administrativos também com bastante oferta.
A busca, oferta e captação de vagas, por meio da rede Sine e da FAS Trabalho, são para o público geral e para pessoas com deficiência de todas as escolaridades. O serviço é gratuito tanto para trabalhadores em busca de reinserção no mercado como para empregadores que queiram ofertar vagas.