Camerata Antiqua celebra Paixão de Cristo em concertos nas igrejas

A Camerata Antiqua de Curitiba vai apresentar um concerto inspirado na Paixão de Cristo, com a regência do maestro carioca de carreira internacional, Tobias Volkmann. O Programa Mors et Vita será na sexta-feira (12/4) às 20h, na Comunidade Luterana do Redentor, no São Francisco, e domingo (14/4) às 16h30, no Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, Centro. As apresentações fazem parte do calendário litúrgico e a entrada é gratuita. 

Solistas acompanham o Programa, o sopranista Bruno de Sá (Brasil/Suíça), o contratenor Martin Oro (Argentina), o tenor Miguel Geraldi (São Paulo) e o baixo-barítono Daniel Germano (Rio Grande do Sul). 

Concertos vinculados ao calendário litúrgico são tradicionais nas temporadas da Camerata. “Obras muito importantes foram criadas pensadas nessa data e de grande relevância na história da música. Por isso, normalmente são destaques dentro da programação, pois chamam a atenção e as pessoas reconhecem isso, amam esse tipo de música”, explica Janete Andrade, coordenadora de música erudita da Fundação Cultural de Curitiba. 

No Programa, obras de Giovanni Battista Pergolesi (1710- 1736) e Johann Sebastian Bach (1685-1750) apresentam a dualidade humana colocada no título do concerto – Morte e Vida. “Fiz um concerto há um ano e meio muito difícil com a Camerata que foi muito bom. Me deixou muito feliz e desejoso de voltar a trabalhar com eles, o que me leva a crer que esse será um belo concerto novamente”, afirma Tobias. 

Abre o concerto uma das mais importantes obras sacras do barroco italiano, Stabat Mater de Pergolesi. Em português significa Estava a Mãe Dolorosa, um hino medieval, que contempla o sofrimento da Virgem Maria junto à cruz de Jesus no calvário, divididos em doze trechos. A composição conversa com o Programa representando a morte. 

A Cantata nº 4 – Christ lag in Todesbanden de Johann Sebastian Bach representa a vida no Programa. O texto baseado na bíblia comenta que houve uma luta onde se combateram a morte e a vida, mas, a vida alcançou a vitória anulando a morte. 

“No repertório são duas composições muito executadas durante essa época. A Cantata nº 4 muita gente vai reconhecer, é a mais tocada de Bach e também por isso, uma das melhores musicalmente falando. Ele é extremamente genial em todas, mas essa é uma das melhores obras dele”, conclui o maestro.

Nova geração

Tobias Volkmann é um dos destaques da nova geração de regentes orquestrais do Brasil. Desde a conquista dos principais prêmios concedidos no Concurso Internacional de Regência Jorma Panula 2012 na Finlândia e do Prêmio de Público no Festival Musical Olympus de São Petersburgo em 2013, Volkmann vem atraindo atenção para uma carreira internacional em ascensão.

Como regente convidado, já esteve à frente de grandes orquestras europeias e sul-americanas, entre as quais se destacam a Orquestra Sinfônica do Porto Casa da Música, Orquestra Sinfônica Estatal do Museu Hermitage e Orquestra Sinfônica Estatal de São Petersburgo, Orquestra Sinfônica do Chile e Orquestra Petrobras Sinfônica.

Serviço: CAMERATA ANTIQUA DE CURITIBA
Mors et Vita (Morte e Vida)
Regência Tobias Volkmann (Rio de Janeiro)
Solistas
Sopranista Bruno de Sá (Brasil/Suíça)
Contratenor Martin Oro (Argentina) 
Tenor Miguel Geraldi (São Paulo)
Baixo-barítono Daniel Germano (Rio Grande do Sul)

Dia 12 de abril, às 20h – Comunidade do Redentor (São Francisco) 
Dia 14 de abril, às 16h30 – Santuário Nossa Senhora do Guadalupe (Centro)