Alimentação balanceada é direito e prioridade nas escolas municipais
O acesso à alimentação escolar de boa qualidade é um direito constitucional e uma das prioridades da Prefeitura de Curitiba. “Oferecer uma alimentação de qualidade para todos os estudantes das unidades escolares do município é um dos compromissos da Secretaria Municipal da Educação”, diz a secretária Maria Sílvia Bacila. “Buscamos alimentos saudáveis, tudo dentro do que estabelece a legislação federal, para atendermos às necessidades nutricionais dos estudantes, conforme a sua faixa etária”, destaca.
A alimentação adequada contribui para a formação de hábitos saudáveis, além de proporcionar o crescimento e o rendimento escolar dos estudantes. Atualmente, o município oferece 285 mil refeições diárias para mais de 130 mil pessoas – bebês, crianças, adolescentes e os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) – nas 399 unidades escolares do município.
Este complexo sistema envolve mais de 2.200 pessoas, entre profissionais da equipe do Departamento de Logística, os empregados terceirizados e os conferentes designados em cada unidade escolar. O investimento da Prefeitura é de cerca de R$ 12 milhões por mês.
A alimentação servida se baseia em cardápios mensais balanceados, desenvolvidos por profissionais da área, que superam a média de necessidades nutricionais recomendada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O trabalho de coordenação e execução dos cardápios atende aos requisitos nutricionais e leva em conta hábitos culturais, necessidades especiais de alimentação e segurança sanitária.
“No cardápio, 70% de alimentos básicos, enquadrados no Guia Alimentar Brasileiro. Isso inclui cereais, verduras, legumes, frutas, laticínios, proteínas”, explica a nutricionista Maria Rosi Marques Galvão, da Gerência de Alimentação. No caso das crianças que estudam meio período, o lanche que recebem corresponde a 20% das necessidades diárias. Aquelas que frequentam os CMEIs e as que estudam em tempo integral recebem na escola 70% das suas necessidades diárias.
Alguns dos alimentos oferecidos são produzidos por agricultores familiares do Estado, que comercializam alimentos dos quais 70% são de origem orgânica. A Prefeitura mantém contrato com duas grandes empresas de refeições industriais. Elas preparam e entregam as refeições, todos os dias, em cada unidade escolar.
Quem recebe o alimento também é responsável por ele
Todas as unidades de ensino da rede municipal têm profissionais conferentes de alimentação. São pedagogos, secretários, gestores ou servidores que também se encarregam de acompanhar desde a chegada até a distribuição das refeições diárias aos estudantes, com o propósito de garantir a qualidade do alimento ofertado.
“Os conferentes das unidades passam por formação e são responsáveis pela oferta do alimento adequado às crianças. Eles são os primeiros a ter contato com o alimento e chegam a experimentar a refeição, podendo inclusive recusar a alimentação quando verificarem algum aspecto indesejável. Isso faz parte do nosso controle de qualidade”, completa Rosi.
Além do controle dos produtos servidos, também há um trabalho de monitoramento do perfil nutricional dos alunos para enfrentar situações ligadas principalmente à desnutrição e à obesidade se for necessário. Um exemplo é o Sisvan-Escolar, uma parceria das secretarias municipais da Educação e da Saúde que busca conscientizar as famílias sobre a importância de praticar atividades físicas e de alimentar-se de forma saudável.
Mil dietas especiais
A Secretaria da Educação também oferece dietas especiais, o que atende às necessidades de aproximadamente mil estudantes. São mais de 100 tipos de restrições, entre lactose ou açúcares, glúten, alimentos feitos de arroz ou de soja.
Nestes casos, as famílias apresentam o atestado médico para que seja adotada a nova dieta. Quando a dieta especial é pedida por opção da família ou orientação religiosa, é necessário formalizar o pedido e indicar os alimentos que devem substituir o que vai ser excluído da dieta.
São planejados todo mês quase 500 cardápios com sugestões específicas para as necessidades nutricionais de cada faixa etária. São cinco refeições por dia para os bebês de até 2 anos de idade e quatro para as crianças de até 5 anos matriculadas nos Centros Municipais de Educação Infantil, três para os alunos da escola integral e um lanche para quem frequenta as escolas regulares.