Universidade norte-americana oferece bolsas de estudos para gêmeas corredoras do Paraná
As irmãs gêmeas Ana e Helena Mess, de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, que defendem o Brasil em provas de fundo e meio fundo, estão na mira de uma universidade norte-americana do estado de Illinois. O técnico de atletismo da instituição acaba de fazer um convite às corredoras, depois de acompanhar o desempenho de ambas em provas na América do Sul e no Mundial Colegial da França.
A proposta é para que Ana e Helena, que têm 17 anos, venham a representar a universidade em campeonatos americanos e mundiais. Em troca, elas vão ter todas as despesas de ensino universitário naquele país custeadas pela instituição, mais a alimentação e a moradia durante quatro anos.
O convite veio após o nome de Helena aparecer no último ranking da World Athletics (antiga Associação Internacional de Federações de Atletismo). Ela está entre as cinquenta melhores corredoras do mundo na categoria meio fundo, prova de 1.500 metros. A irmã, Ana, também se destaca nas provas de 3 mil e 5 mil metros.
As irmãs começaram a correr aos 7 anos de idade e colecionam vários primeiros lugares em dez anos de competições. Dos pódios disputados, elas atingiram um aproveitamento de 97%. “Estamos muito felizes, uma vez que esse tipo de oportunidade no Brasil é muito difícil. Chegamos a pleitear um bolsa de estudos em uma escola secundária bilíngue de Curitiba, mas não conseguimos porque não existe esse tipo de incentivo aos atletas por aqui”, confirmam as irmãs.
Este ano, as corredoras também vão ganhar o passaporte italiano. Com a dupla cidadania, elas pretendiam se mudar para a Europa em 2024, para treinar e competir na Itália, onde o atletismo tem mais incentivo.
Ana e Helena estudam no Colégio Estadual do Paraná e cursam o último ano do ensino médio. Para correr no Brasil, elas têm apoio da Bolsa Atleta do Governo Federal e de uma empresa de Santa Catarina. “Este vai ser um ano de decisões para a nossa carreira. Terminar o segundo grau, treinar em busca de índices olímpicos para sermos convocadas para os Jogos de Paris, no próximo ano, e definir se mudamos para a Itália ou Estados Unidos”, finalizam as gêmeas.
Texto: Reinaldo Bessa