Conforto e acessibilidade: Jogos Paradesportivos do Paraná evoluem a cada ano
O governador Carlos Massa Ratinho Junior se encontrou com paratletas paranaenses que estão competindo na 11ª edição dos Jogos Paradesportivos, em Foz do Iguaçu, nesta segunda-feira (20). A edição deste ano conta com muito mais estrutura para a competição, uma vez que o Governo do Estado está bancando hospedagem em hotéis para os atletas, com acessibilidade mais ampla para os esportistas se concentrarem apenas na competição.
“É uma competição muito importante para os nossos atletas. Estamos investindo muito na formação paradesportiva, ampliando a estrutura e a integração entre as equipes. O Paraná vai se destacar cada vez mais nacionalmente nos próximos anos”, disse o governador.
Os jogos começaram no final de semana e acontecem até a quarta-feira (22). O evento de abertura contou com uma palestra do medalhista olímpico e ex-velejador Lars Grael, que apresentou a história de superação, inclusão e muito sucesso no esporte durante a abertura. No sábado e no domingo já foram disputadas as modalidades de basquete, vôlei sentado, futsal e goalball. A semana começou com natação, taekwondo, tênis, xadrez, badminton, ciclismo, golf 7, tênis de mesa, rugby, atletismo, bocha e handebol.
Dois mil atletas de 49 municípios paranaenses estão em Foz do Iguaçu. É o maior número de participantes desde a criação da competição. Em 2019 foram 1.358 atletas. Em 2022, quando os jogos foram retomados após a pandemia, 1.377.
Sandra Beatriz Schossler, técnica paradesportiva da equipe de atletismo de Toledo, afirma que o paradesporto vem crescendo ano a ano no Estado, com uma mobilização também da parte dos técnicos e organizadores. “Hoje toda a delegação dos jogos está hospedada em hotéis que têm acessibilidade, por exemplo. Toda a estrutura do setor está se mobilizando para melhorar as competições, beneficiando principalmente os atletas. Algumas delegações tem muitos cadeirantes, que exigem espaços adequados”, complementa.
A estrutura das quadras e locais de competição também está fazendo a diferença. Cezar Dias, jogador de handebol de cadeira de rodas, acredita que a estrutura melhorou para a competição deste ano. “Melhorou na questão de acessibilidade. As quadras melhoraram. As quadras de taco ajudam com a aderência, diminui tombos, melhora a aceleração, melhora tudo. É basicamente como jogar num campo molhado e colocar travas da chuteira”, diz.
Jean Marcos Lopes, da mesma modalidade, concorda que o rendimento melhora como atleta e elogia as quadras da competição. “A adaptação em Foz do Iguaçu foi muito boa, com certeza vai render mais. Principalmente pelo acesso à quadra, geralmente quando a quadra não é adaptada a gente não consegue nem descer direito para jogar”, finaliza.
Segundo o secretário estadual do Esporte, Helio Wirbiski, essas iniciativas fazem parte da estratégia estadual de valorização do paradesporto. “Assumimos o compromisso de que o Paraná seria referência no Brasil no paradesporto e isso está se concretizando”, afirma. “Por solicitação do governador temos hospedagem com acessibilidade e alimentação digna para todos os atletas. No passado não tinha aprovação de orçamento ou o evento acontecia com intervalos irregulares. Só quatro estados brasileiros fazem os Jogos Paradesportivos e o Paraná tem sido destaque”.
O Paraná é referência nacional no desenvolvimento de ações voltadas à prática paradesportiva. Os Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná tiveram, somando as duas últimas edições, um investimento médio de R$ 2,4 milhões e a participação de 3.500 atletas. Outra ação é a distribuição de kits paradesportivos aos municípios.
Em 2023, Curitiba também se tornou sede do Centro de Esporte e Lazer Vila Oficinas, onde passaram a ser desenvolvidas modalidades de vôlei sentado, golfe 7, goalball, bocha paralímpica e rugby em cadeira de rodas, todas serão disputadas nos Jogos Paradesportivos
Outra iniciativa é o programa Geração Olímpica e Paralímpica, que atua com bolsa-atleta, e se tornou uma grande vitrine esportiva dentro e fora do Estado e também uma referência em todo Brasil, inspirando diversos estados a criarem projetos seguindo o mesmo modelo.
Em sua 11ª edição, o programa vem a cada ano ganhando mais interesse de paratletas e técnicos, com o apoio do Governo do Estado e o patrocínio da Copel. Nos últimos quatro anos, o Geração Olímpica e Paralímpica realizou 650 atendimentos ao paradesporto e teve um investimento de R$ 3,4 milhões. Como resultado, os bolsistas do programa conquistaram nove medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.