“Proteger a pele é proteger a saúde” é o slogan de 2024 da Campanha Dezembro Laranja
O Grande Expediente da Sessão Plenária desta segunda-feira (09) recebeu a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Paraná, doutora Márcia Sacoman Kszan, convidada do deputado Anibelli Neto (MDB) para o lançamento da Campanha Dezembro Laranja de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce dessa doença. A iniciativa tem como objetivo levar esclarecimentos à população sobre o câncer de pele, o tipo mais comum de câncer entre os brasileiros, que representa 32% de todos os diagnósticos da doença.
O autor da Lei, deputado Anibelli Netto (MDB) contou sobre a campanha de prevenção. “Esta campanha já é uma tradição aqui desde 2016, com a publicação dessa lei. Nós temos a parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia para trazer alguém para que possa, com seus conhecimentos, atualizar números e informações sobre essa doença. Esse ano foi diferenciado porque a doutora Marcia foi muito feliz quando destacou a importância de proteger a população. Por exemplo, a questão do bronzeamento artificial, é um encaminhamento necessário de regulamentação. Precisamos levar para o nosso governador a solicitação para que diminua os impostos do protetor solar, para que mais pessoas tenham acesso a compra do produto. São pontos específicos que vão nos ajudar a combatermos essa doença que continua sendo o maior número de casos de câncer, superando o câncer de mama e de próstata”.
A “Campanha Dezembro Laranja” foi criada Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e tem como objetivo informar a população sobre a prevenção da doença. O slogan da campanha de 2024 é “Proteger a pele é proteger a saúde”.
Estatísticas
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Paraná deve registrar 9.690 novos casos de câncer de pele em 2024, sendo 610 melanomas e 9.080 não melanomas. O câncer de pele é o tipo de neoplasia mais comum no Brasil, representando 32% de todos os diagnósticos oncológicos. No Paraná, o estado ocupa o segundo lugar no país em incidência de câncer de pele, atrás apenas de São Paulo.
Para falar sobre a campanha de 2024, compareceu no horário do Grande Expediente a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Paraná (SBD-PR), a médica dermatologista, doutora Márcia Sacoman Kszan que destacou a parceria com a Assembleia Legislativa. “Essa Casa de Leis dá muita visibilidade para Campanha Dezembro Laranja, por isso a Sociedade Brasileira de Dermatologia vem aqui falar todos os anos sobre esse assunto. “O câncer de pele é o câncer mais comum de todos. A pele é o maior órgão do corpo humano, então ela abriga grande quantidade dos cânceres em geral. É importante as pessoas tomarem consciência, pois muita gente não sabe que é possível se proteger. Esse é um câncer inevitável, porque não é como, por exemplo, fazer a prevenção de um estômago, é preciso fazer uma endoscopia, o câncer de pele é fácil, ele só precisa de um profissional que o examine, um profissional dermatologista que sabe diferenciar o que é e o que não é”.
“No Paraná a incidência é próxima aos índices do Brasil, em torno de 32% de todos os cânceres, sendo que 76% é o carcinoma basocelular, o mais comum que é o que dá infecção com grande incidência nas pessoas de pele clara e olhos claros. O segundo colocado é o carcinoma espinocelular, que é o câncer que aparece devido ao sol, mas também em feridas antigas. Por exemplo, quem tem aquelas úlceras, quem tem uma cicatriz de queimadura, pode ter o espinocelular. E o melanoma é o que vem de pintas, o mais perigoso deles, podendo ser fatal”, explicou a doutora Márcia.
Além das manifestações mais comuns de câncer de pele, apontados pela vice-presidente da sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Paraná, existem outros tipos de câncer de pele, menos comuns, como o fibroxantomas atípicos, câncer das glândulas da pele, Sarcoma de Kaposi, carcinoma de células de Merkel, Doença de Paget da mama ou doença de Paget extramamária e linfomas cutâneos de células T. O câncer de pele tem cura, desde que seja identificado e tratado na fase inicial. O diagnóstico em estágios mais avançados aumenta as chances de o tumor se espalhar para outros órgãos.
Sintomas e prevenção
Os sintomas da doença são manchas na pele, pintas ou sinais que coçam, ardem, descamam ou sangram e feridas que não cicatrizam em até quatro semanas. Ao observar algumas dessas alterações, é muito importante procurar o serviço de saúde, onde será realizado exame clínico e investigação diagnóstica. É preciso ficar atento ao próprio corpo e acompanhar o aparecimento ou crescimento de pintas e sinais na pele podem ajudar no diagnóstico precoce.
Dois dos principais cuidados são evitar a exposição excessiva à radiação solar, principalmente entre 10h e 16h, e utilizar o filtro solar. Mas existem outras atitudes que podem ajudar na diminuição dos números de casos, tais como:
- Usar chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares.
- Cobrir as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas.
- Evitar a exposição solar.
- Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
- Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou de diversão.
- Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia a dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.
- Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.
- Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.
- Os trabalhadores que estão expostos à luz solar direta devem redobrar os cuidados com a pele.