Curitiba participa de mutirão metropolitano com ações contra a dengue
A capital paranaense tem três mutirões do Curitiba sem Mosquito programados para o mês de fevereiro. As ações acontecem nas regionais Boa Vista, Cajuru e CIC e fazem parte do recém-lançado mutirão metropolitano de prevenção a focos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
O anúncio foi feito durante reunião técnica do Consórcio Intermunicipal para Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (Conresol), nesta terça-feira (28/1), no Palácio Solar 29 de Março, com a presença do prefeito Rafael Greca, dos secretários de Estado da Saúde, Carlos Alberto Gebrim Preto; e do Desenvolvimento Sustentável, Márcio Nunes.
O mutirão é liderado pelo Consórcio, presidido pelo prefeito Rafael Greca. A ideia é que seja replicado o modelo do Curitiba sem Mosquito, ação conjunta das secretarias municipais da Saúde e do Meio Ambiente, para as demais cidades e prevenir a infestação na Região Metropolitana de Curitiba.
“Contra a dengue, varrer é o melhor remédio”, disse o prefeito na abertura da reunião técnica. “E neste sentido estamos convocando este mutirão, que consiste em anunciar um dia para que as pessoas tirem todo o lixo de casa e o serviço de Limpeza Pública passe recolhendo”, explicou.
Segundo ele, saúde é tranquilidade e limpeza. Greca lembrou dos problemas causados na Europa, como a Peste Negra, antes que se conhecesse os conceitos de urbanização e limpeza pública do Código Napoleônico, criado no início dos anos 1800.
Blindagem da RMC
A ideia é que os 23 municípios do Conresol promovam os seus mutirões ao longo do mês de fevereiro. Até o final desta semana, deverão ser informados à coordenação técnica do consórcio as áreas e datas em que as ações devem acontecer.
As referências para auxílio no planejamento das ações, informações e material de apoio de divulgação são o próprio consórcio, e as secretarias de Estado da Saúde e do Desenvolvimento Sustentável; e as municipais da Saúde e do Meio Ambiente.
Para a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Oliveira Dias, boa parte dos municípios já têm mobilização e a junção dos esforços vai tornar esse combate ainda mais efetivo. “Essa iniciativa do prefeito é para que tenhamos ação preventiva. Nenhum município tem casos autóctones e assim vamos manter”, disse.
De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde, 80% dos focos de dengue são removíveis.
A secretária muncipal da Saúde, Márcia Huçulak, ressaltou que o mutirão vai criar um cinturão de proteção às populações da RMC. “O Paraná já tem perto de 10 mil casos e precisamos da ajuda das pessoas para manter as nossas cidades do entorno sem focos do mosquito”, alertou.
Curitiba Sem Mosquito
Em uma ação integrada entre as secretarias municipais da Saúde e do Meio Ambiente a Prefeitura promove durante todo o ano, desde 2017, o mutirão Curitiba sem Mosquito, que faz a coleta de entulhos em regiões vulneráveis nos dez distritos sanitários da cidade.
Em 3 anos, o mutirão recolheu mais de 3 mil toneladas de lixo e entulho por toda a cidade.
Dez passos para afastar mosquito Aedes aegypti:
1 – Mantenha bem tampados: caixas, tonéis e barris de água.
2 – Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada.
3 – Não jogue lixo em terrenos baldios.
4 – Se guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha sempre a boca para baixo.
5 – Não deixe a água da chuva acumular sobre a laje.
6 – Encha os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda.
7 – Se guardar pneus velhos, retire toda a água e mantenha-os em locais cobertos, protegidos da chuva.
8 – Limpe as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas possam impedir a passagem da água.
9 – Lave com frequência, com água e sabão, os recipientes usados para guardar água, pelo menos uma vez por semana.
10 – Os vasos de plantas aquáticas devem ser lavados com água e sabão, toda semana. É importante trocar a água desses vasos com frequência.
Presenças
A reunião contou com a participação do vice-prefeito Eduardo Pimentel; dos prefeitos de Tijucas do Sul, Antônio César Matucheski; de Agudos do Sul, Luciane Teixeira; de Campo Largo, Marcelo Puppi; e de Quitandinha, Maria Julia Socek Wojcik. Além de outros representantes de municípios que compõem o Conresol.
Também estiveram presentes a coordenadora de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde, Ivana Belmonte, que apresentou a situação da doença no Paraná; além da secretária executiva do Conresol, Rosamaria Milléo Costa, e o gerente-técnico do consórcio, João Carlos Fernandes.