Câmara de Itapoá instaura CPI para investigar fraude de vice-prefeito envolvendo licenças ambientais
Com uma votação esmagadora (7×1), o vereador Thomaz Sonh, que tem se destacado no estado de Santa Catarina pelo combate a corrupção, emplacou seu requerimento pedindo a instalação de CPI para investigar a concessão fraudulenta de licenças ambientais para os familiares do vice-prefeito de Itapoá, Carlos Henrique Nóbrega.
Dessa forma, quase por unanimidade, os vereadores de Itapoá embarcaram no pedido de investigação. A reportagem do Agora Paraná foi fundamental para que esta verdade viesse à tona, no entanto, novas informações que foram levadas ao plenário por Thomaz Sonh foram determinantes para convencer os seus pares.
A sessão foi tensa e terminou tarde. Alguns vereadores tentaram criar a falsa narrativa que a questão era política, mas ignoraram solenemente os fatos probatórios que gritam em cada residência de Itapoá, que as vezes tem dificuldade de colocar uma calçada na frente de casa, em um momento em que licenças para áreas milionárias são licenciadas para parentes de políticos na cidade.
Os argumentos de alguns vereadores que tentavam barrar a instauração da CPI beiravam o ridículo, alguns chegaram a fazer aquela famosa pergunta retórica: Por que não viram isso antes? Mas, esquecem completamente que eles foram eleitos para serem os fiscais. Ou seja, a pergunta dá um selo de incompetência para o próprio autor ou autora dela.
Um vereador que decretou o fim de sua carreira política em Itapoá é José Stoklosa (PSD). Ele foi o único a votar contra a investigação. Ora, a principal tarefa do vereador é fiscalizar o executivo. Se ele votou contra investigar, pode pegar sua malinha, comprar uma vara de pescar e encerrar a carreira. No Brasil de 2020 não há mais espaço para a velha política.
Veja como foi a sessão: