Para avaliadores externos, resposta ao terceiro simulado de abandono da CHI foi excelente
A simulação de uma explosão no transformador de fase C da unidade geradora 9A (U9A) deu início ao terceiro exercício anual de abandono geral da Central Hidrelétrica Itaipu (CHI), na tarde de segunda-feira (7). O treinamento envolveu aproximadamente 1,7 mil pessoas, 14 ônibus, sete micro-ônibus, duas vans e o acionamento simultâneo de três Planos de Ação de Emergência (PAE): de Abandono da Área Industrial, de Transporte de Emergência para o Abandono da Usina e o de Abandono da Área Corporativa.
Alarme soou às 14h30…
Ao soar o alarme, às 14h30, os brigadistas entraram e ação e ajudaram a evacuar os diversos locais de trabalho, conduzindo todo o público interno aos respectivos pontos de encontro – seguindo à risca os treinamentos rotineiros. Em seguida, os ônibus, micro-ônibus e vans passaram pelos locais para levar ao ponto de encontro, o estacionamento do Centro de Recepção de Visitantes (CRV).
…e a atividade começou. Fotos: Sara Cheida
Participaram todos os empregados, terceirizados, estagiários e jovens aprendizes da área corporativa da margem esquerda da CHI, além do público brasileiro e paraguaio da Área Industrial (AI). Como o evento simulado foi na unidade 9, na região central da AI, parte das pessoas se deslocou ao ponto de encontro da margem direita, no Transportes da MD, e parte para a margem esquerda, no CRV.
No CRV, assim que todos chegaram houve uma breve saudação dos coordenadores do PAE e das brigadas, além do diretor administrativo, Iggor Gomes Rocha. Sob aplausos, Kleber Arrabal, gerente do Departamento de Engenharia de Manutenção (SMI.DT) e coordenador geral do PAE da Itaipu, lembrou da contribuição que o colega Henrique Ribeiro, falecido em agosto, deu aos grupos de trabalho do PAE.
O tempo de retirada do pessoal dos escritórios foi de 55 minutos. O último ônibus partiu do CRV retornando aos escritórios às 16h05min. Toda a atividade durou 1h35min.
“Foi um tempo um pouco superior ao dos anos anteriores, mas agora inserimos uma complexidade maior no exercício”, afirma Patrick Wietholter, gerente da Divisão de Engenharia de Segurança do Trabalho (RHSS.AD) e coordenador do PAE da Área Corporativa.
“Nos dois anos anteriores, os três PAEs foram iniciados simultaneamente, dando uma celeridade maior principalmente à estrutura de transportes”, explica. “Este ano, os bombeiros fizeram a avaliação do cenário e decidiram junto com a Operação da usina abandonar inicialmente a Área Industrial e, depois de avaliar o abrangência e criticidade da ocorrência, decidiram pelo subsequente abandono da área corporativa.”
Empregados(as) reunidos(as) no CRV ao final do simulado: sucesso. Foto: William Brisida.
Segundo Patrick, essa ordem dos fatos, que ocorreria numa situação real, levou ao acréscimo do tempo de abandono das edificações da área corporativa. “No entanto, cabe ressaltar que as equipes de observadores externos, composta por Defesa Civil do Estado do Paraná, Defesa Civil de Foz e Corpo de Bombeiros de Foz julgaram que nosso tempo de abandono foi excelente, levando em consideração a magnitude e a complexidade da nossa planta.”
Parceria
De acordo com o capitão William Cesar Ferrandin, comandante do 1º Subgrupamento de Bombeiros de Foz do Iguaçu, a participação como observador do simulado de Itaipu foi enriquecedora até mesmo para profissionais que constantemente atuam na área.
Ele enfatizou a capacidade das forças de segurança da Itaipu mobilizarem quase 2 mil pessoas para o treinamento e a disponibilidade na usina de sistemas modernos para a coesão dos protocolos de evacuação.
Foto: Sara Cheida.
“O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná também se coloca à disposição para a participação em futuros simulados, enfatizando a troca de experiências e o fortalecimento da parceria com projetos de atendimentos em eventuais ocorrências que possam demandar a maior geradora de energia limpa do mundo”, disse o comandante.
Agradecimento e recomendação
Patrick reconhece que um simulado desta proporção só é possível graças à ajuda de diversos setores da empresa. “O apoio e engajamento de todas as áreas é fundamental para o sucesso do treinamento, especialmente das que dão suporte direto à organização do evento, como Informática, Transportes, Segurança Empresarial, Relações Públicas e diversas outras, além, é claro, dos brigadistas, que são os pontos focais em cada um dos escritórios”, ressalta Patrick.
“Este é um exercício que depende do comprometimento de todas as pessoas, sem exceção”, destaca Patrick, deixando uma recomendação aos leitores do JIE. “Em simulados ou em situações reais, sigam sempre as orientações dos brigadistas e deixem os locais o mais rápido possível, pois nestes casos cada minuto é crucial para a garantia da integridade física das pessoas, que é o maior patrimônio da nossa empresa.”
Foto: Corpo de Bombeiros FI.