“Ao zerar a meta fiscal, governo admite que vai gastar mais”, diz Oriovisto
“Pergunto ao presidente Lula e a seus companheiros do PT: o que estamos fazendo objetivamente para gastar menos, para cortar despesas? ”, questionou o senador Oriovisto Guimarães (Podemos/PR), da tribuna do plenário nesta terça-feira (16/4). Para o senador, ao deixar de lado o superávit e anunciar a meta fiscal zero para 2025, o governo está admitindo que vai continuar gastando: “Faço um elogio ao ministro Fernando Haddad que disse, em evento público, que ‘se gastar mais do que arrecada, o Brasil não consegue crescer’. Ele está correto, mas infelizmente o PT e seu presidente não são conscientes”.
De forma didática, Oriovisto colocou os números na ponta do lápis para mostrar que o déficit primário do país vai continuar existindo: “O Brasil tem um PIB de R$10 trilhões e uma dívida que corresponde a 73% desse total. Chega o fim do ano, e o governo só conta o déficit, não os juros da dívida que chegam a R$2 bilhões por dia. Por isso ninguém quer investir no país”. Segundo o senador paranaense, se continuar com a sanha arrecadatória, em vez de cortar despesas, o resultado vai ser mais inflação: “Aqui no Congresso, também precisamos de juízo. Querem votar a volta dos quinquênios. Ninguém sabe o impacto fiscal disso, mas vai ter um efeito direto no caixa da previdência”.
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