Liberação da maconha é um desserviço à nação, diz Romanelli
A descriminalização do porte de drogas para uso pessoal volta à pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 6. Em sessão da Assembleia Legislativa, o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) afirmou ser contra a liberação. “Não há nada de bonito e nem de moderno em descriminalizar o uso da maconha. Ao contrário. Este vício leva a outros tipos de drogas”, disse.
“Não existe maconha recreativa”, argumentou Romanelli. Para ele, a liberação, se aprovada pelo STF, configura um desserviço à nação. “Entendo que uma decisão como esta nem cabe ao Poder Judiciário. Caberia, se fosse o caso, ao Congresso Nacional. É o legislativo que tem que decidir sobre temas que envolvem questões da sociedade”.
Romanelli também ressaltou a complexidade e o drama vivido pelas famílias quando há um membro que é dependente. “Qualquer tipo de droga só desconstrói a alma da pessoa e nenhuma família que tem um dependente consegue ser plenamente feliz”, considerou o deputado. Ele pontuou ainda que o uso de drogas é uma mazela que permeia toda a sociedade, sem distinção de classe social.
Longa tramitação – A ação que trata da liberação de pequenas quantidades de maconha tramita no Supremo desde 2015. O relator da matéria foi o ministro Gilmar Mendes, que entendeu que a conduta do usuário não é crime. A votação até o momento esta em 5 a 1 pela flexibilização da lei. Falta conhecer outros cinco votos.