Número de crianças infectadas pela Covid cresce no Paraná
O número de crianças infectadas pela Covid-19 tem crescido consideravelmente no Paraná. Dados da Secretaria de Estado da Saúde apontam que as confirmações de casos somente em julho foram maiores do que dos quatro meses anteriores juntos. Dentre os casos confirmados, 1.640 foram apenas no mês de julho, mais de 56% do total, considerando os dados recebidos até sexta-feira (31).
Para o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, o aumento no número de casos está relacionado também à testagem em massa. “O Governo do Estado tem ampliado a capacidade de testes do Paraná continuamente, isso faz com que os números cresçam, mas também permite que o atendimento a estes infectados seja feito de forma mais rápida e resolutiva”, disse.
Ainda de acordo com o secretário, este crescimento de confirmações entre crianças também pode estar ligado à quebra do isolamento por parte de familiares, visto que as aulas escolares presenciais estão suspensas. “O índice de isolamento domiciliar no Estado está abaixo do necessário, então pode ser que nesta quebra de isolamento e com mais pessoas circulando os familiares possam estar levando este vírus para dentro de casa e infectando as crianças”, afirmou.
DADOS
Desde março quando houve a confirmação do primeiro caso de coronavírus no Paraná, o Estado registrou, até julho, 2.908 casos e duas mortes em crianças menores de 12 anos.
CASOS E MORTES POR MÊS:
MARÇO – 5 casos (4 meninos e 1 menina) – 0,17%.
ABRIL – 42 casos (24 meninos e 18 meninas) – 1,44%.
MAIO – 189 casos (102 meninos e 87 meninas) – 1 morte (menino) – 6,50%.
JUNHO – 1.032 (603 meninos e 429 meninas) – 35,49%.
JULHO – 1.640 (848 meninos e 792 meninas) – 1 morte (menina) – 56,40%.
De acordo com a Regulação de Leitos do Paraná, atualmente 33 crianças estão internadas em leitos exclusivos pediátricos no Estado.
A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes, faz um alerta à população, ao apelar para que os pais e responsáveis cuidem de si e das suas crianças, pois elas não devem sair de casa. O adulto que precisar sair, precisa se cuidar. “Esta doença pode ser transmitida para qualquer faixa etária, por isso pedimos para que aqueles que precisem sair usem máscara, mantenham as medidas de higiene para proteção de todos e, em especial, das crianças”, afirma.