Estado terá campanhas de multivacinação e contra a pólio em outubro
A Secretaria de Estado da Saúde acompanhará a estratégia do Programa Nacional de Imunizações e vai promover de 5 a 30 de outubro as campanhas de Multivacinação e de Vacinação contra a Poliomielite, dirigida às crianças e adolescentes.
No Estado, a ação envolverá a Vigilância Epidemiológica e a Atenção Primária, que articularão as atividades junto às 22 Regionais de Saúde e às secretarias municipais. O objetivo é atualizar a caderneta de vacinação e assim melhorar as coberturas vacinais, e manter controladas, eliminadas ou erradicadas várias doenças, como meningite, sarampo, caxumba, rubéola, coqueluche, diarreia por rotavírus, difteria, tétano, hepatites, febre amarela e HPV, vírus que pode provocar o câncer entre os jovens.
Serão ofertadas 14 vacinas na Multivacinação para crianças e adolescentes menores de 15 anos, além da vacina contra a poliomielite (VOP) para crianças a partir de 12 meses e menores de cinco anos de idade.
“Será uma grande operação que tem o objetivo de proteger crianças e adolescentes em todas as cidades do Paraná. Desde 2012, o Ministério da Saúde promove esta campanha, mas, neste ano, com a Covid-19, o apelo é ainda maior. Os pais devem levar os filhos para a atualização das vacinas, que são seguras e salvam vidas”, afirma o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto.
CAMPANHA
“A estratégia consiste em oportunizar um único momento no qual são oferecidas à população-alvo as várias vacinas, facilitando assim o acesso das famílias, garantindo a imunização”, explica a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da secretaria, Maria Goretti David Lopes.
Segundo a diretora, na próxima segunda-feira (14) a pasta promoverá atividade online com a participação de profissionais de todo o Estado, envolvidos na vacinação, para atualizar informações sobre a campanha. “Os municípios estarão abastecidos e, desde já, devem preparar logísticas de parcerias para a vacinação extramuros, em locais amplos e arejados para se evitar aglomerações e seguindo as recomendações do Ministério da Saúde e da Sesa para proteção da Covid-19”, disse a diretora.
A secretaria estadual orienta ainda que seja feita a busca ativa do público indicado no decorrer da campanha. “Como algumas vacinas estão acondicionadas em frascos com maior número de doses é preciso mapear e identificar antecipadamente as crianças e adolescentes para não haver perda e consequente desabastecimento”, destacou a chefe da Divisão de Vigilância do Programa Estadual de Imunização, Vera Rita da Maia.
CADERNETA
A Secretaria de Estado da Saúde destaca ainda a importância do registro das doses na caderneta de vacinação. “Os pais devem ter a caderneta das crianças sempre à mão e monitorá-la, e os profissionais de saúde devem verificar para a atualização no momento da aplicação das doses”, disse Vera.
“A caderneta é um documento. Representa um histórico da saúde pessoal em vários ciclos da vida. Além disso, é indispensável para viajantes nacionais e internacionais e é documento imprescindível para realizar a matrícula escolar no Paraná”, destacou ela.
DADOS
A meta de vacinação da poliomielite é atingir 95% de cobertura vacinal, considerando uma população estimada de 583.962 crianças a serem imunizadas no Paraná. A estratégia será indiscriminada na faixa de 12 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade. A vacina utilizada será oral, com duas gotas para cada criança. No ano passado, o Estado registrou 88,4% de cobertura vacinal contra a pólio e, neste ano, até o momento, atinge cerca de 71%.
Entre as principais vacinas que constam na multivacinação está a meningo C, que protege contra a meningite do tipo C, e que no ano passado atingiu 91,23% de cobertura; a vacina tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola, que alcançou 90,57%; a vacina pneumocócica 10, que protege contra pneumonias, meningites e otites, chegou 90,82% de cobertura em 2019; a BCG, que imuniza contra a tuberculose, atingiu 88,66%; a rotavírus protege contra a diarreia e chegou a 89,23% da cobertura, além da pentavalente, contra a meningite, tétano, coqueluche, difteria e hepatite B, que alcançou em 2019 cerca de 78% de cobertura.
“Os índices de cobertura vacinal caíram em todo País nos últimos anos, colocando em alerta os profissionais da saúde. A erradicação de algumas doenças trouxe a falsa idéia do desaparecimento total e para sempre destes agravos. Tivemos no ano passado o exemplo do sarampo, que voltou a registrar casos aqui no Paraná depois de 20 anos sem ocorrências”, alertou a chefe do Programa Estadual de Imunização.