Com mais de mil exames periciais, Polícia Científica elevou qualidade do atendimento no Litoral

Após 95 dias de atuação ininterrupta no Litoral, os profissionais que reforçaram as atividades da Polícia Científica concluíram o Verão Paraná com 1.024 exames periciais realizados pelas unidades em suporte às demandas das forças de segurança pública. Além do trabalho nos laboratórios e locais de crime, também houve o retorno gradual das atividades lúdicas e recreativas com a população nas orlas, a fim de mostrar a importância da ciência na resolução de crimes e aproximar a Polícia Científica da comunidade.

De acordo com o coordenador-adjunto do Verão Paraná pela Polícia Científica, Leonel Letnar Junior, a missão dos profissionais da área científica foi cumprida com sucesso. “Tivemos uma operação voltada para a otimização dos nossos serviços, com o objetivo de entregar os laudos de maneira mais rápida possível. Houve um aumento significativo no número de exames, reflexo do trabalho conjunto de todas as forças de segurança, e conseguimos acompanhar com celeridade”, afirma.

Além das unidades do Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico Legal (IML) já existentes na sede da Polícia Científica em Paranaguá (Área 01), foi ativado o Posto de Atendimento Temporário (Área 02) para oferecer suporte integral às forças do Litoral com foco em Matinhos (cidade base), Guaratuba e Pontal do Paraná, incluindo os trechos rodoviários da PR-508 (que conecta a BR-277 a Matinhos e a PR-407, que conecta a BR-277 a Pontal do Paraná).

O atendimento de Paranaguá, Morretes, Antonina, Guaraqueçaba e demais ilhas, bem como dos casos que ocorreram na BR-277 até a praça de pedágio, ficou a cargo dos profissionais da Área 01.

CRIMINALÍSTICA – Somados os resultados das bases de Paranaguá e Matinhos, os profissionais do Instituto de Criminalística efetuaram 301 exames periciais, sempre em apoio às solicitações das forças de segurança para dar seguimento aos casos constatados. Foram feitos diversos exames de prestabilidade e eficiência de armas e munições, em locais de acidentes, mortes, furtos, danos, incêndios, impacto de projétil ou em explosivos, além de muitos outros que são cruciais para a resolução de um caso.

Também pelo IC, outros 231 exames foram encaminhados para laboratórios específicos na Capital. Nestes casos, mais de 90% (213 exames) dos encaminhamentos foram para análise de substâncias químicas, enquanto os demais foram exames em equipamentos computacionais portáteis, exames de DNA, confronto balístico, análise de conteúdo de imagens e em mídias de equipamentos computacionais. Foram 532 exames ao longo do Verão Paraná, 142% a mais do que na temporada anterior (219).

MEDICINA LEGAL – A atuação do Instituto Médico Legal na região do Litoral também foi ininterrupta durante os 95 dias. O trabalho dos profissionais resultou em 388 exames de clínica feitos nas duas bases em serviço pelo IML na Costa Leste (Paranaguá e Matinhos). A maioria dos exames clínicos verificaram situações de lesão corporal (328), enquanto que as demais foram de violência sexual e aborto, exames de sanidade física e outros. Também houve aumento de 69% nos exames feitos se comparado o período deste verão (388) com o anterior (230).

O IML também faz o trabalho de recolhimento de corpos e necropsia nos casos que envolvem crimes violentos. Dos 111 exames de necropsia feitos durante o Verão Paraná, 104 foram no IML de Paranaguá (em corpos de moradores do Litoral) e sete foram em Curitiba (por se tratarem de veranistas ou não identificados). Desta forma, foi registrado aumento de 68% nos exames desta categoria.

O trabalho só foi possível por conta do planejamento prévio de revezamento de equipes atuantes no Litoral. No Posto de Atendimento Temporário em Matinhos, ativado especificamente para o Verão Paraná, prestaram serviço à Polícia Científica um total de 45 peritos, 30 agentes de perícia, sete funcionários administrativos e uma equipe de coordenação composta por três profissionais que revezaram os períodos de plantão.

COMUNIDADE – A presença constante dos profissionais da área científica no Litoral permitiu a realização gradual das atividades de contato da Polícia Científica com os veranistas e moradores da região. Em dias específicos mais ao fim de janeiro e fevereiro, os peritos levaram à orla das praias a viatura da unidade para interação com as crianças, além de desenhos para recortar e pintar relacionados ao trabalho do perito criminal, de uma forma estilizada e lúdica.

Em outra ocasião, os profissionais fizeram uma exposição de alguns dos equipamentos de medição, de verificação de incêndio, um drone e até um detector de metais, muito procurado pelas crianças.

O coordenador do Verão Paraná pela Polícia Científica no Litoral nesta temporada, Alex Tavares, disse que as atividades lúdicas cumpriram o planejamento. “Com isso, incentivamos os mais jovens a buscarem a ciência desde cedo e entenderem, de uma forma lúdica, um pouco do trabalho dos nossos peritos para que, quem sabe, os pequenos venham a ingressar na carreira científica algum dia. Está é a nossa intenção e planejamos isso”, afirmou.

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