Horário de verão é um convite para visitar as feiras da Prefeitura no fim do dia
Desde a semana passada, a família Nogueira mudou a rotina do fim do dia. Nada de todos voltarem para casa, após o casal Letícia, 41 anos, e Luiz Henrique, 42 anos, buscar na escola os filhos Maria, 8 anos, e Leonardo, 8 anos. Com o início do horário de verão, a família já planeja no café da manhã como será a “esticadinha” ao ar livre antes do anoitecer e um dos programas prediletos é saborear os pratos oferecidos nas feiras noturnas e gastronômicas da Prefeitura. Afinal, agora, o pôr do sol só ocorre depois das 19h30.
“Com mais horas de sol durante o dia, ao menos duas vezes por semana a gente vai a uma das feiras. As comidas têm qualidade e são saborosas, sem falar no ambiente, que é muito familiar”, conta Letícia, enquanto prova um dos pratos mexicanos da feira noturna do Hugo Lange, que ocorre toda quarta-feira. “Com o sol aparecendo até mais tarde, eu e minha esposa nos sentimos mais seguros de vir com as crianças”, completa Luiz Henrique, em meio à tarefa de ajudar o primogênito, Leonardo, a cortar um pastel de carne.
A Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Smab) administra 25 feiras que são beneficiadas diretamente pelo horário de verão, pois começam à tarde (entre 16h e 17h) e se estendem, em alguns casos, até as 22 horas. São dez feiras noturnas, que reúnem comerciantes de comidas prontas e hortifrutigranjeiros; três feiras gastronômicas, que só oferecem pratos para consumo na hora; duas feiras orgânicas noturnas; e dez pontos do Nossa Feira, que comercializam frutas e verduras de produtores da Grande Curitiba ao preço máximo de R$ 2,29 o quilo.
José Carlos Koneski, diretor do Departamento de Abastecimento da Smab, setor responsável pelas feiras da Prefeitura, conta que, desde a semana passada, os pontos do Nossa Feira tiveram o horário estendido em uma hora. “Com o início do horário de verão, a Smab e as cooperativas de agricultores participantes decidiram manter os locais abertos até as 21 horas. Assim, a população tem mais tempo para comprar as frutas e verduras frescas”, justifica ele.
Mais disposição
A chegada do horário de verão é comemorada pelos comerciantes das feiras da Prefeitura, que confirmam que as horas a mais de sol são um convite para mais pessoas percorrem as bancas e traillers. “Com a sol se pondo mais tarde, as pessoas ficam mais dispostas a vir às feiras”, conta o feirante Francisco Fou, com a experiência de trabalhar há mais de 30 anos em feiras noturnas e gastronômicas como a da Praça da Ucrânia, do Hugo Lange, do Capão Raso e do Batel.
A feirante Eliane Markovicz, que oferece frutas e hortaliças nas feiras noturnas do Hugo Lange e do São Francisco, reforça que o movimento nos pontos aumenta neste período de dias com horas a mais de sol. “As pessoas ficam mais animadas de vir, trazem os filhos para comer algo e também aproveitam para comprar frutas, verduras e legumes”, avalia. Ela lembra ainda que, com a chegada da primavera, a variedade de hortigranjeiros aumenta e acaba sendo um atrativo a mais. “As frutas da época, como pêssego, ameixa e uva, além de mais variedades de folhas, deixam a nossa banca ainda mais colorida e chamam a atenção dos fregueses”, salienta Eliane.
Ao menos, duas vezes por semana, o aposentado Almir Dias, 71 anos, busca no colégio o neto Franscico Dias Zabot, 9 anos, e, juntos, vão fazer um lanche. Com o início do horário de verão, o avô coruja passou a incluir na programação uma parada no trailler de comida japonesa na feira noturna do Hugo Lange, às quartas-feiras. “Agora ainda está claro depois da aula do Francisco. Assim, a gente pode vir com tranquilidade, passear e comer os sushis e pratos quentes que meu neto tanto gosta”, explica o aposentado.