Projeto da Prefeitura muda a vida das pessoas em situação de vulnerabilidade social
Acolhimento, apoio e a chance de um recomeço. Por meio da oferta de oportunidades, o projeto Nova Morada Vida Nova, da Prefeitura, vem mudando a realidade de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
No último ano, 63 pessoas conseguiram fazer cursos e capacitações, buscaram um trabalho e saíram da situação de rua a partir da iniciativa desenvolvida pelo Departamento de Políticas Sobre Drogas da Secretaria da Defesa Social e Trânsito, em parceria com a Fundação de Ação Social (FAS).
“O objetivo é fazer a reinserção social de pessoas em situação de rua que fizeram uso de álcool e outras drogas”, explica o secretário da Defesa Social e Trânsito, Guilherme Rangel.
São 50 pessoas hospedadas por vez, que são encaminhadas pelos Centros Pop e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Tão logo um hóspede alcança a autonomia e sai do projeto, concede lugar para outra pessoa ocupar a vaga.
Além de oferecer quarto, banheiro, duas alimentações diárias, biblioteca e sala de TV, são proporcionadas ações que garantem o exercício de direitos de cidadania, aumento da autonomia e apoio à construção de projetos de vida.
“São condições para que, durante o dia, essas pessoas possam buscar atividades e vagas de emprego, com o respaldo da nossa equipe”, acrescenta Rangel. Já foram ofertados 14 cursos nas áreas de gastronomia, artes e zeladoria desenvolvidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).
Novas realidades
A autonomia de A. S. M. de 29 anos, foi resgatada após o atendimento no Nova Morada Vida Nova. O rapaz chegou em Curitiba com 15 anos e, com o tempo, se tornou usuário de drogas. Perdeu casa, família e amigos. Após um ano vivendo nas ruas, a equipe do Centro Pop Rebouças encaminhou A.S.M. para o Nova Morada, no mês de fevereiro. (Os nomes não serão divulgados).
Com endereço fixo, conseguiu um emprego. Atualmente trabalha em uma empresa que fabrica equipamentos de proteção de segurança individual, como operador de empilhadeira.
“O apoio que recebi foi essencial para minha estabilidade. Só assim consegui ficar afastado das ruas”, compartilha ele.
A reinserção social também foi o caminho alcançado por L. C. S. de 31 anos. O homem da Paraíba procurar novas perspectivas, mas não conseguiu emprego. Sem amparo, ficou na rua durante cinco dias.
Na sequência, L. C. S. procurou abrigo no albergue do Centro Pop Rebouças e, em fevereiro, foi encaminhado para o Nova Morada Vida Nova. Após três meses no hotel conseguiu trabalho em uma empresa que aluga bicicletas e deixou o projeto no mês passado, quando conseguiu alugar uma quitinete.
“O projeto me ajudou a conseguir um emprego e ter um local digno para morar no momento em que eu mais precisei”, conta.
Já para M. S. F. prestar concurso municipal foi a chance que vislumbrou para mudar de realidade. Enquanto estava no Centro Pop, ele fez as provas classificatórias para trabalhar como fiscal de obras na Prefeitura de Curitiba, foi aprovado e aguarda o resultado da avaliação psicológica.
Ex-usuário de drogas, foi encaminhado para o Nova Morada em maio. No aguardo das etapas complementares para começar a trabalhar na nova função, aprimora os dons musicais. Durante a Semana Municipal de Prevenção ao Uso de Drogas, no fim de junho, ele cantou e tocou violão em uma das atividades culturais da programação.